O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta, 6, que falará com o presidente da China, Xi Jinping, em encontro previsto para a próxima semana, sobre a necessidade de acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia. Ao abordar o assunto em encontro com jornalistas pela manhã, ele disse esperar que, quando voltar da viagem ao país asiático, terá criado um grupo de trabalho para discutir a paz mundial.
De acordo com Lula, não há justificativa para a permanência da guerra, que completa mais de um ano. Ao defender a integridade territorial da Ucrânia, o presidente reiterou sua discordância com a invasão da Rússia.
Na esteira da sua fala sobre o tema, Lula também responsabilizou, em parte, os países desenvolvidos que, em sua visão, não deveriam ter entrado no conflito "sem antes gastar um bom tempo tentando negociar". Para Lula, "a paz é mais complicada que a guerra", e emendou: "a guerra é um desejo insano, mas a paz tem que ser construída".
O petista comparou a construção de uma guerra com a de uma greve e destacou ser preciso aparecer alguém "com coragem de parar a greve". "Estou convencido que tanto Ucrânia quanto Rússia estão esperando alguém de fora para sentar e conversar", disse.
Diante disso, Lula afirmou que aproveitará seu encontro com Xi Jinping para debater o assunto, tendo em vista a relação próxima que a China tem com a Rússia. O petista disse estar propondo uma convocação de "uma espécie de G20" para tratar sobre o assunto.
"Espero que quando eu voltar da China, vamos ter criado grupo para discutir paz", afirmou Lula, dizendo estar "confiante" sobre o tema. "Precisamos encontrar uma solução", pontuou, emendando que também irá buscar conversar com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.