O presidente Luiz Inácio Lula da Silva usou o ato do lançamento do novo programa Luz para Todos e do Linhão de Tucuruí, em Parintins (AM), nesta sexta-feira, para dizer que não tem medo de possíveis atentados contra sua vida. Na quinta-feira, 3, a Polícia Federal prendeu um fazendeiro em Santarém (PA) suspeito de ameaçar atirar no presidente durante sua visita à região amazônica.
Lula reclamou de ser levado do aeroporto ao local do ato em um carro blindado, sem contato com seus apoiadores. Declarou que isso não se repetirá. No final do discurso, desceu do palco e foi cumprimentar e abraçar pessoas da plateia.
"Mulheres, homens e crianças na rua fazendo um sacrifício enorme para olhar se conseguia enxergar a gente e eu dentro de um carro como se estivesse dentro de um presídio", reclamou o petista. "Quero pedir desculpas às milhares de pessoas que estavam nas ruas do aeroporto até aqui e que sequer eu pude ver a cara das pessoas cumprimentá-las", disse ele.
"Há boatos de que em Belém também tem um cidadão que diz que ia me matar. Se eu tivesse medo, eu não tinha nascido. Se eu tivesse medo, eu não era presidente da República. Eu aprendi com minha mãe a não ter medo de cara feia. Cachorro que late não morde. Portanto eu vou fazer desse país um país civilizado", disse Lula.
O presidente disse que ganhou as eleições para atender aos pobres e trabalhadores, não a banqueiros e empresários.
O ato em Parintins é o primeiro de uma série de compromissos que Lula tem na região norte. O presidente passará o fim de semana em Alter do Chão, local conhecido por suas praias de água doce no rio Tapajós. Na segunda feira, 7, ele tem compromissos em Santarém (PA). Depois, vai para a Cúpula da Amazônia em Belém (PA).
Antes de voltar a Brasília, o presidente da República ainda passará pelo Rio de Janeiro. Lá, ele lança o novo PAC na sexta-feira, dia 11.