Pressionado pela comunidade internacional, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que defende a neutralidade na guerra na Ucrânia, participará de uma foto com o presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, durante acúpula do G-7.
A programação prevê uma "foto de família" – com ambos lado a lado – marcada para esta sábado, 20, último dia da cúpula, diante do Memorial da Paz, que lembra o bombardeio de Hiroshima na 2.ª Guerra. Lula e Zelenski, que critica a posição do Brasil, ficariam frente a frente pela primeira vez.
Nesta sexta, 19, o <i>New York Times</i> publicou uma análise sobre o cerco dos líderes internacionais a Lula, o que o jornal chama de "possibilidade de emparedamento" do presidente brasileiro. Mas ele não estaria sozinho na pressão de americanos e europeus.
"Líderes de Índia, Brasil e outras nações que têm relutado em apoiar a Ucrânia também estão presentes na reunião como observadores. E a presença de Zelenski pode tornar mais difícil para eles continuarem com essa posição", de acordo com várias autoridades que estão em Hiroshima, citadas pelo <i>New York Times</i>.
O G-7 é coeso no apoio à Ucrânia e a neutralidade do Brasil incomoda. Na semana passada, o assessor especial de Lula para assuntos internacionais, Celso Amorim, esteve em Kiev após o presidente brasileiro receber, em Brasília, o chanceler da Rússia, Serguei Lavrov.
As informações são do jornal <b>O Estado de S. Paulo.</b>