O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, tem reunião na manhã desta quinta-feira, 14, com os ministros da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, além do presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, e do secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller, no Palácio do Planalto para tratar sobre o preço de alimentos. De acordo com a agenda da Presidência da República, participam do encontro também o ministro da Casa Civil, Rui Costa, e da Fazenda, Fernando Haddad.
A reunião ocorre como continuidade de um encontro do chefe do Executivo no início da semana sobre o tema.
Após a agenda na segunda-feira, 11, Fávaro afirmou que Lula queria entender por que os alimentos tiveram alta em janeiro e fevereiro e quais medidas poderiam ser tomadas.
O grupo Alimentação e Bebidas saiu de um aumento de 1,38% em janeiro para alta de 0,95% em fevereiro dentro do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgado na terça-feira. O grupo contribuiu com 0,20 ponto porcentual para a taxa de 0,83% do IPCA do último mês.
Na avaliação do gerente do Sistema Nacional de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), André Almeida, as condições climáticas desfavoráveis estão por trás dos aumentos nos alimentos nessa virada de 2023 para 2024.
De acordo com fala do ministro na segunda-feira, por enquanto não serão tomadas medidas "excepcionais" para conter essa inflação. "Não há nada preocupante com a inflação dos alimentos. O que devemos tomar de medidas são estruturantes para as próximas safras, garantindo a estabilidade de preço. Mas nada que requeira qualquer medida excepcional neste momento, mostrando que a tendência de todos os produtos é queda de preço", disse Fávaro.