O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aposta no apoio do PDT para, no segundo turno da eleição presidencial, melhorar a sua votação principalmente em São Paulo e no Rio, Estados nos quais perdeu para Jair Bolsonaro no primeiro turno.
"Vamos nos juntar porque acredito piamente que vamos ganhar essas eleições, aumentar a diferença. Vamos juntar os diferentes para vencer os antagônicos", afirmou Lula após reunião nesta quarta-feira, 5, em São Paulo com diretório nacional do PDT, partido que aderiu na terça-feira à campanha do ex-presidente.
Lula planeja viajar na próximo semana ao Rio para fazer campanha ao lado de filiados do PDT no Estado, terceiro maior colégio eleitoral do País. No Rio, Bolsonaro teve 51,09% dos votos, ante 40,68% de Lula. Já em São Paulo, maior colégio eleitoral do Brasil, o presidente recebeu 47,71%, e o petista 40,89%.
"Semana que vem estaremos na cidade maravilhosa para ganhar as eleições de Bolsonaro no Rio. Aí sim, eu vou poder cantar que o Rio de Janeiro continua lindo", brincou Lula. Para o ex-presidente os apoios dos governadores do Rio, São Paulo e Minas Gerais a Bolsonaro não foram surpreendente, por, segundo ele, serem candidatos alinhados ao bolsonarismo.
Em seu discurso, Lula também fez elogios calculados a Ciro Gomes, candidato do PDT na disputa presidencial, que recebeu mais de 3,5 milhões de votos e terminou o primeiro turno na quarta colocação.
"A história de Ciro não são apenas 3,5% dos votos, é maior do que isso. Existem três políticos que aprendi a gostar mesmo que falassem mal de mim e do PT: Mário Covas, Requião e Ciro Gomes", disse Lula.
Presidente do PDT, Carlos Lupi destacou que a aliança com o PT tem como objetivo evitar a reeleição de Bolsonaro. "Eleger o Lula é impedir o mal que a sociedade brasileira está vivendo com Bolsonaro", disse.