O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, decidiu trocar os membros do Conselho de Itaipu. Foram exonerados três ex-ministros do governo Bolsonaro: Adolfo Sachsida, Bento Albuquerque (ambos de Minas e Energia) e Carlos Alberto Franco França (Relações Exteriores). Os atuais mandatários dessas pastas foram nomeados: o ex-senador Alexandre Silveira e Mauro Vieira, respectivamente.
Os ministros da Fazenda, Fernando Haddad, da Casa Civil, Rui Costa, e de Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, também foram nomeados para o colegiado.
Outra substituição foi a de Fernando Simas Magalhães pelo ex-deputado estadual paranaense Michele Caputo Neto (PSDB).
As trocas foram publicadas no <i>Diário Oficial da União</i> desta quinta-feira, 6. Também deixarão os cargos no conselho Célio Faria Junior, José Carlos Aleluia Costa e Maria Aparecida Borghetti.
Por indicação de Bolsonaro, os ex-conselheiros tinham mandato em Itaipu até maio de 2024. O regimento da empresa, porém, permite a substituição a qualquer tempo.
As vagas de conselheiros das empresas como Itaipu costumam ser entregues a ministros e executivos provenientes da iniciativa privada para incremento salarial. Os jetons não são considerados salário e, por isso, não entram nos cálculos de teto salarial, equivalente à remuneração mensal de um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que passou a R$ 41,6 mil neste mês.
Como mostrou o jornal <b>O Estado de S. Paulo</b>, o governo Lula pretendia concluir ainda em março o processo de exoneração do ex-ministro de Minas e Energia Bento Albuquerque do conselho da Itaipu Binacional. Ele está diretamente envolvido no escândalo de entrada ilegal de joias no País para presentear o ex-presidente Jair Bolsonaro e recebia R$ 34 mil para integrar o conselho da estatal.