Um dia após a pesquisa Datafolha mostrar um empate técnico, dentro da margem de erro, entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato do PT à Presidência, e o presidente Jair Bolsonaro (PL), o petista afirmou na manhã desta quinta-feira, 20, no Rio, que a eleição está muito "apertada" e que é difícil competir com robôs e com uma "poderosa máquina de contar mentiras".
"A pesquisa serve para nos alertar. Estamos disputando o voto dos indecisos. A eleição está muito parelha, muito apertada. A enxurrada de anúncios do governo na TV, liberação de fundo de garantia ele tem ganhado pontos lentamente. Nosso primeiro objetivo é diminuir a abstenção. Estou certo de que vamos ganhar a eleição", disse Lula.
Para tentar barrar a disseminação de desinformação e fake news, ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) concederam 184 inserções de direito de resposta ao ex-presidente Lula no tempo destinado a Bolsonaro nas propagandas eleitorais.
A ministra Maria Bucchianeri diz que a campanha de Bolsonaro veiculou fatos sobre Lula "sabidamente inverídicos por descontextualização".
"Nosso adversário tem uma máquina poderosa de contar mentiras. Não é pouca coisa a rede que o meu adversário usa para contar mentiras, vender monstruosidade e se explicar".
"Se você pegar essa situação das meninas em Brasília, ele levantou à 1h para fazer uma live, tentando explicar, desmentir, o que ele mesmo havia confessado. O que ele fez está contado em um vídeo feito por ele mesmo. Ele foi na casa achando que as meninas eram prostitutas, quando na verdade, ele ficou assustado com a repercussão", disse
De acordo com o ex-presidente, "é muito difícil competir com robôs". "A rede social dele é muito grande. A nossa rede também é muito boa. É muito difícil a gente competir com robôs. Temos que reconhecer a capacidade do exército de milicianos dele de fazer o enfrentamento nas redes sociais. Não tínhamos cultura e experiência. O Brasil não estava habituado com isso", disse Lula.