O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) visitou o treino da seleção brasileira feminina de futebol na manhã deste sábado, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Acompanhado pela primeira-dama Janja da Silva e pelas ministras Ana Moser (Esporte), Anielle Franco (Igualdade Racial), e Cida Gonçalves (Mulher), o presidente conversou com as jogadoras convocadas para a Copa do Mundo deste ano e acompanhou as atividades técnicas antes do amistoso com o Chile, marcado para a manhã deste domingo. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, também esteve presente.
Durante o encontro, Lula fez um discurso a favor da igualdade de gênero no esporte. "Nós precisamos garantir a prática de esporte para as mulheres na mesma proporção e na mesma quantidade que os homens já tiveram na vida", afirmou o político. Ana Moser também defendeu a igualdade, sugerindo o ponto facultativo durante os dias de jogos do Brasil no Mundial feminino. "Quando tem jogo do masculino, não tem folga? Vamos tentar fazer isso também aqui, para fazer com que vocês tenham a mesma importância. É um novo tempo", afirmou a ministra.
"A gente vai evoluindo. Eu sonho que um dia o futebol feminino possa lotar os estádios como o futebol masculino. É um trabalho de politização da sociedade, um trabalho de divulgação. É um trabalho de convencimento", disse Lula aos presentes. Nas redes sociais, o petista desejou sorte à seleção e afirmou que assinará uma lei de paridade salarial entre homens e mulheres na próxima segunda-feira.
Após o amistoso com o Chile, a seleção se despede do Brasil e vai para a Oceania se preparar para a Copa do Mundo da Austrália e Nova Zelândia. A estreia no Mundial será contra o Panamá no dia 24 de julho. O grupo do Brasil ainda conta com França e Jamaica.
COPA DO MUNDO DE 2027
Ainda no encontro, Lula falou sobre a possibilidade de o Brasil sediar a Copa do Mundo feminina em 2027. O presidente se mostrou entusiasmado com a ideia, mas relembrou das denúncias de corrupção que ocorreram sobre a Copa de 2014. Em 2007, quando o Brasil foi escolhido para sediar o Mundial masculino, o petista era presidente do País.
"Em 2014, eu fiquei frustrado, porque conseguimos trazer a Copa do Mundo para o Brasil. 2013 foi o inferno neste país, e a Copa do Mundo foi banalizada, porque nem os patrocinadores divulgavam a Copa do Mundo corretamente. Já faz 10 anos que houve a Copa do Mundo e em nenhum estádio foi provado que houve corrupção. Mas as denúncias aconteceram", ele afirmou. "Dessa vez parece que vai ser mais fácil, porque a gente não tem mais que gastar dinheiro pra fazer estádio".