Estadão

Lula volta a condenar contraofensiva de Israel e classifica ações do Estado como terroristas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a comparar as ações do Estado de Israel na guerra contra o grupo Hamas como "terroristas". Ao defender a criação do Estado da Palestina, Lula disse não ser justo nem correto Israel ocupar a Faixa de Gaza e expulsar os palestinos de lá.

"É verdade que houve ataque terrorista do Hamas, mas o comportamento de Israel fazendo o que está fazendo com criança, hospital, com mulheres …. A atitude de Israel com relação as crianças e às mulheres é igual ao terrorismo", declarou, durante transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, denominada de <i>Conversa com o Presidente</i>, nesta terça-feira, 14. O ministro da Educação, Camilo Santana, participou da live ao lado do chefe do Executivo.

"Estou percebendo que Israel parece que quer ocupar a Faixa de Gaza e expulsar palestinos de lá; isso não é correto, não é justo", acrescentou. "Temos que garantir a criação do Estado da Palestina."

Os 32 brasileiros resgatados da Faixa de Gaza chegaram em Brasília, onde foram recebidos por Lula. O pouso na noite desta segunda-feira, 13, encerrou a longa espera pela repatriação do grupo que ficou mais de um mês retido no enclave onde Israel trava uma guerra contra o grupo terrorista Hamas.

Após a chegada do grupo de 32 pessoas ao Brasil, o petista afirmou que o governo tem responsabilidade de procurar mais brasileiros e parentes de brasileiros que estão no conflito. "O Brasil vai continuar brigando pela paz", comentou.

<b>ONU</b>

Lula classificou ser "inadmissível" que ainda não tenha sido encontrada uma solução para o conflito. Em sua avaliação, o Brasil fez um trabalho "extraordinário" à frente do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) em outubro. Nesse sentido, ele voltou a criticar o direito de veto dos integrantes permanentes do órgão. "A ONU precisa mudar", comentou. "A ONU de 1945 não vale mais nada em 2023."

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