O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), pré-candidato ao Palácio do Planalto, voltou a criticar neste sábado, 2, o orçamento secreto e sugeriu que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que concede uma série de benefícios sociais às vésperas da eleição não dará votos ao presidente Jair Bolsonaro (PL) na Bahia. O petista participou de um ato político, em Salvador (BA), que celebrou o Dia da Independência do Estado.
"Nós precisamos eleger uma grande bancada no Senado e nós precisamos eleger uma grande bancada na Câmara, porque, se a gente não tiver muitos deputados e a gente não acabar com o orçamento secreto, será muito difícil eu e o Alckmin fazermos o que nós precisamos fazer neste País", declarou Lula.
O ex-presidente costuma dizer que vai acabar com as emendas de relator, mecanismo central do orçamento secreto. No entanto, num movimento do Congresso para manter controle sobre a destinação de recursos, foi aprovado nesta semana, na Comissão Mista de Orçamento (CMO), o relatório final da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2023 com um dispositivo que torna as emendas de relator impositivas, ou seja, obrigatórias.
Revelado pelo <b>Estadão</b> no ano passado, o orçamento secreto é usado pelo governo Bolsonaro e seus aliados no Congresso para distribuir verbas sem transparência e critérios como forma de conseguir apoio para votações no plenário.