Tempo Extra

Lusa agoniza

É COM MUITA tristeza que vejo a situação atual da Portuguesa de Desportos. Fora de campo com uma dívida impagável e dentro dele com seguidas frustrações, o futuro parece não muito amistoso para o tradicional clube rubro-verde da capital. Quando já pensamos que o clube chegou ao fundo do poço, vêm mais problemas. Na última rodada da Série A2, o time entrou na zona de rebaixamento.

SALVADOR SOARES

DESESPERADA, a diretoria da Portuguesa contratou o técnico Estevam Soares. Cair para a Série A3 do Campeonato Paulista seria algo para fechar as portas; duro de acreditar. Como ninguém quer isso, que Estevam Soares – técnico muito experiente, com passagens por Palmeiras e Ponte Preta, entre outros grandes clubes – faça um bom trabalho e ajude na reconstrução da Lusa!

BONS TEMPOS

SOU DO TEMPO em que a Lusa ainda era um dos grandes de São Paulo. Quando entrava em campo contra Corinthians, Palmeiras, São Paulo ou Santos, a crônica esportiva chamava de clássico. Hoje é só passado. Um lindo passado, diga-se de passagem. Enquanto escrevo, lembro-me de dois amigos fanáticos pela Portuguesa: Henrique Damy e Marcos José. Tá difícil amigos, mas não percam a fé em dias melhores.

MÁQUINA VERDE

O FATURAMENTO do Palmeiras com bilheteria em 2017 é algo impressionante. Em sete partidas, o Alviverde já faturou R$ 9,1 milhões líquidos. Só para efeito de comparação, no mesmo período Flamengo e Botafogo arrecadaram R$ 6,1 milhões e o Corinthians e R$ 5,7 milhões. Vale lembrar que, pelo acordo com a WTorre, o Palmeiras tem direito a 100% das bilheterias de jogos. Já a empresa fica com a maior parte (90%) da receita de shows e eventos.

DÚVIDA CRUEL

A DIRETORIA do Santos estuda com carinho a possibilidade de mandar os próximos jogos da Libertadores de América no Pacaembu. Pesa a favor o fato de o estádio paulistano abrigar mais que o dobro de público em relação à Vila Belmiro (40 mil contra apenas 15 mil no Urbano Caldeira). Os contrários à ideia lembram que o Alvinegro Praiano é quase imbatível no lendário palco da Baixada. A diretoria promete bater o martelo nos próximos dias e decidir a questão.

COISA INCRÍVEL

DONO DE UM ataque poderoso, o São Paulo incrivelmente tem a defesa mais vazada do Campeonato Paulista. Com todo respeito que tenho ao novato técnico Rogério Ceni, mas um clube da grandeza do Tricolor não pode levar 17 gols em 8 partidas do Estadual – média negativa de 2,1 gols por jogo. Algo está errado. E virão mais problemas, porque Rodrigo Caio se lesionou contra o ABC e pode desfalcar o time nas próximas semanas.

SEM CHANCE

A POSSIBILIDADE da volta de Emerson Sheik ao Corinthians me parece praticamente nula. O ídolo alvinegro, que ajudou o clube a ganhar os títulos da Copa Libertadores de América e do Mundial Interclubes, já está em final de carreira e seria um “tiro no escuro” contratá-lo. Aos 38 anos, Sheik afirmou ao jornalista Benjamim Back, dos canais Fox Sports, que sonha pendurar as chuteiras jogando pelo clube paulista. Vamos esperar para ver no que dá essa história.

TRISTE FIM

VI ATENTAMENTE a luta de Vitor Belfort diante do norte-americano Kelvin Gastelum durante o UFC Fight Night 106, na madrugada do último domingo, em Fortaleza, no Ceará. Totalmente dominado pelo americano, o brasileiro sofreu nocaute técnico logo no primeiro round. Foi o terceiro revés seguido de Belfort, que já havia perdido para Ronaldo Jacaré e Gegard Mousasi, nas edições 198 e 204 do UFC. Pela brilhante carreira de mais de 20 anos no MMA, Belfort não precisava passar por isso. É melhor parar logo.

BASQUETE SOFRE

MEU ESPORTE número 1 é o futebol, claro. Mas também sou fascinado pelo basquete, esporte que um dia teve tradição e glórias em nosso país. A situação atual, no entanto, é sombria. A Fiba – a Fifa do basquete – informou que punição ao Brasil permanece pelo menos até maio deste ano, prazo em que os dirigentes devem acertar algumas irregularidades existentes na CBB (Confederação Brasileira de Basquete) referentes à gestão da entidade. Até lá, a Seleção Brasileira (masculina e feminina) e clubes seguem proibidos de participar de torneios internacionais.

FRASE DA SEMANA

“Agora sabemos que não existem as bolas quentes (risos)”

Zidane, técnico do Real Madrid, sobre o próximo adversário do time da Liga dos Campeões, Bayern de Munique, e em alusão a comentários de que o clube merengue teria sido favorecido em sorteios de anos anteriores.

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