A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou, durante evento que reuniu ex-presidentes, parlamentares de oposição e lideranças sindicais neste 1º de Maio, que começa agora a luta pela "reconstrução do Brasil", que segundo ela irá começar pela garantia de vacinas, a luta pela auxílio emergencial R$ 600, a extinção de emenda do teto de gastos, e a defesa "intransigente" da soberania nacional.
A ex-presidente também não deixou de criticar o atual chefe do Executivo, Jair Bolsonaro. "O País está submetido ao comportamento genocida de um governo que despreza a vida e desdenha dos que choram pelos seus mortos", afirmou Dilma, que também classificou o atual governo como "fascista" e "neoliberal"
Dilma também criticou o que chamou de elite econômica do País "que se coloca sempre de costas e insensível ao sofrimento da população".
A ex-mandatária comemorou ainda o reconhecimento da suspeição do ex-juiz Sérgio Moro no caso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da anulação das condenações do petista pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Para Dilma, isso é uma prova do "reconhecimento da inocência de Lula", que seria uma "vitória da Justiça e da democracia".
Segundo ela, a decisão do Supremo "abre uma forte e promissora perspectiva para a luta e a organização do povo brasileiros". "Está assim, aberto um caminho para reconstrução do Brasil", disse, e concluiu sua declaração dizendo: "Fora, Bolsonaro".
Dilma participou de encontro promovido por centrais sindicais, que contou com a presença de outros ex-presidentes, como Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Fernando Henrique Cardoso (PSDB), e outras lideranças políticas como Ciro Gomes (PDT), Guilherme Boulos (PSOL) e o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB). O evento foi organizado pela CUT, Força Sindical, UGT, CTB, NCST, CSB, Intersindical, Pública e CGTB. Este é o terceiro "1º de Maio Unitário" – como é chamado -, promovido pelas centrais.