O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), minimizou a íntegra da delação do ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que foi liberada nesta quarta-feira, 15, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
“Cita, mas não prova nada”, disse Renan sobre a parte da delação que menciona seu nome. Machado disse que repassou propina para mais de 20 políticos, entre eles, Renan, e o presidente em exercício, Michel Temer.
“Todas as doações que recebi de campanhas eleitorais foram legais e com contas prestadas e aprovadas pela Justiça, de modo que eu não tenho nada, absolutamente nada, a temer”, garantiu Renan.
O senador chegou ainda a parabenizar o STF por tornar a delação pública. “Quero cumprimentar o STF. Acho que o pior que pode acontecer nessas delações fantasiosas é você ser acusado sem saber do que é acusado, ainda mais depois de vazamentos propositados”, afirmou.
Parte da delação de Machado, especialmente a que diz respeito a Renan, foi vazada no último mês por meio da divulgação da gravação de alguns diálogos entre os dois. Na conversa, Renan fez críticas à lei de delações e chamou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de “mau-caráter”.
Renan não quis comentar os impactos possíveis da delação sobre o presidente em exercício, Michel Temer, e o processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.