O presidente da Argentina, Mauricio Macri, chegou ao Palácio do Planalto às 11h03 e foi recebido na rampa presidencial pelo presidente Michel Temer e pelo ministro das Relações Exteriores, José Serra. Temer e Macri posaram para fotos oficiais e Macri também recebeu os cumprimentos de diversos ministros de Estado, entre eles Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência), Eliseu Padilha (Casa Civil), Henrique Meirelles (Fazenda), Fernando Coelho Filho (Minas e Energia), Sérgio Etchegoyen (Gabinete de Segurança Institucional da Presidência), Blairo Maggi (Agricultura) e Sarney Filho (Meio Ambiente).
Em meio a um impasse em torno do novo regime de autopeças argentino, os dois chefes de Estado fazem uma reunião bilateral ampliada, seguida de “assinatura de atos”. Conforme a agenda oficial de Temer, a declaração à imprensa está prevista para as 12h40. Na sequência, Temer e Macri seguirão para o Palácio do Itamaraty, onde será oferecido um almoço ao presidente argentino.
Como mostrou o Broadcast (serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado), os presidentes do Brasil e da Argentina devem reforçar a ideia de uma aliança para a retomada do crescimento em ambos os países. No entanto, há pelo menos um ponto de tensão na conversa: o novo regime de autopeças argentino.
Criado no ano passado, o regime dá créditos tributários às montadoras pela aquisição de componentes de fabricação local. Do ponto de vista do setor brasileiro, trata-se de uma “guerra fiscal”.
Em sua primeira viagem internacional como presidente, em setembro passado, Michel Temer foi a Buenos Aires e pediu a Macri que adiasse a implementação das regras, no que foi atendido. Agora, porém, negociadores dizem que eles estão dispostos a implementá-la, apesar das pressões brasileiras em contrário.
Segundo mostrou o jornal O Estado de S. Paulo na edição desta terça-feira, Macri disse estar aberto a alguma alternativa do governo brasileiro. A proposta brasileira, ressaltou o presidente do país vizinho, terá que considerar o déficit comercial argentino com o Brasil, de US$ 4,3 bilhões em 2016.
Tour
Macri está no País acompanhado do governador da Província de Córdoba, Juan Schiaretti; do governador da Província de Misiones, Hugo Passalacqua; do Chefe de Gabinete de Ministros, Marcos Peña; da ministra de Relações Exteriores e Culto da República Argentina, Susana Malcorra; do ministro da Fazenda argentino, Nicolás Dujovne; Ministro de Produção, Francisco Cabrera; do ministro de Agroindústria, Ricardo Buryaile; do secretário de Assuntos Estratégicos, Fulvio Pompeo; do Embaixador da República Argentina em Brasília, Carlos Alfredo Magariños; do Porta-voz da Presidência, Iván Pavlovsky; do secretário Privado do senhor presidente, Mariano Lomolino; e do presidente da Agência Argentina de Investimentos e Comércio Internacional, Juan Procaccini.
Além dos compromissos no Planalto e no Itamaraty, Macri – com sua ampla comitiva – será recebido no Congresso Nacional pelos presidentes do Senado, Eunício Oliveira, e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, e, em seguida, pela presidente do Supremo Tribunal Federal, Cármen Lúcia.
A agenda do presidente argentino nos outros poderes será bastante rápida. Pela programação, Macri será recebido por Eunício às 15h15; por Maia, às 15h35; com apenas 15 minutos de duração. Na sequência, a comitiva argentina vai até o STF e tem agendado a reunião com Cármen Lúcia às 16h10. A previsão do encontro com Cármen é de que seja um pouco mais longo do que com Eunício e Maia. No caso da presidente do STF, Macri e sua comitiva preveem ficar reunidos com ela por pelo menos 30 minutos. O retorno do presidente argentino está marcado para o fim da tarde.