O presidente argentino, Mauricio Macri, defendeu nesta terça-feira em uma breve visita oficial à capital do Chile uma maior integração física entre os dois países, com mais intercâmbio comercial. Além disso, Macri argumentou por uma aproximação entre o Mercosul e a Aliança do Pacífico.
O presidente disse ainda que Argentina e Chile também deveriam elaborar políticas de “longo prazo” em matéria energética.
A Aliança do Pacífico é uma iniciativa de integração regional composta por Chile, Colômbia, México e Peru, enquanto o Mercosul foi fundado por Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Mais tarde se uniu a este grupo a Venezuela, mas ela acabou suspensa por sua crise política e econômica.
Nos anos 1980, a Argentina vendeu brevemente gás ao Chile, mas duas décadas depois a situação se reverteu e o Chile passou a vender energia elétrica ao país vizinho.
A visita de Macri se insere na política iniciada pelo Chile de aproximação entre vizinhos. Nesta quarta-feira, haverá um evento para aproximação entre Chile e Peru. O ministro das Relações Exteriores chileno, Heraldo Muñoz, e o ministro da Defesa, José Antonio Gómez, viajam a Lima para se reunir com autoridades peruanas. A Bolívia, porém, está fora da iniciativa, já que mantém com Santiago uma disputa para retomar a saída para o mar, perdida por La Paz em uma guerra com os chilenos entre 1879-1893.
Em 7 de julho, a presidente chilena, Michelle Bachelet, e o presidente peruano, Pedro Pablo Kuczynski, se reúnem no Valle Sagrado, perto da cidade de Cuzco. Fonte: Associated Press.