O presidente da França, Emmanuel Macron, indicou o ministro de Educação, Gabriel Attal, de 34 anos, para comandar um novo governo como primeiro-ministro. A escolha de uma autoridade popular, mas pouco testada, representa a tentativa de dar uma nova vida ao ambiente político trincado pela aprovação do recente projeto de imigração.
Ex-socialista e aliado próximo de Macron, Attal pode se tornar o mais jovem premiê da história da República da França, assim como o primeiro assumidamente gay. Ele recebeu a tarefa de nomear um novo gabinete, de acordo com informações divulgadas, nesta terça-feira, 9, pelo escritório da Presidência.
Attal enfrenta o desafio de reunificar o grupo político profundamente dividido em torno de Macron. Membros mais inclinados à esquerda do partido governista, uma ala bipartidária que inclui ex-socialistas e conservadores, estão cada vez mais frustrados pela tendência mais à direita do governo.
A promoção de Attal também o coloca em uma posição de ser um potencial sucessor de Macron, que tem lutado durante anos para cativar um grupo que pode garantir o futuro do seu relativamente novo partido político, o Renaissance. O presidente francês, que foi reeleito em 2022, tem o limite de dois mandatos consecutivos com base na lei francesa e o destino do partido de Macron depende de sua popularidade.
Attal era uma figura relativamente desconhecida no cenário político francês antes de Macron escolhê-lo, em julho, para o Ministério da Educação. Mas, no mês passado, a aprovação de Attal atingiu 40%, de acordo com uma pesquisa do instituto Ipsos, que determina rankings dos políticos mais populares da França.