O presidente francês Emmanuel Macron afirmou que o reconhecimento de um Estado palestino não é um tabu na França. "Devemos isso aos palestinos, cujas aspirações foram esmagadas durante tanto tempo", disse na sexta-feira, 16, após reunião bilateral com o rei da Jordânia Abdullah II.
O país, assim como outros europeus, defende uma solução para o conflito na Faixa de Gaza que envolva dois Estados, e tem aumentado a pressão sob Israel diante das baixas de civis no conflito iniciado em outubro, após um ataque terrorista do Hamas.
"Devemos isso aos israelitas, que viveram o pior massacre antissemita do nosso tempo. Devemos isso a uma região que procura elevar-se acima daqueles que promovem o caos e semeiam a vingança", completou.
Macron não detalhou quando e em que condições a França poderia reconhecer um Estado palestino. Disse apenas que e está tratando do tema com parceiros na região e que contribuirá para o debate na Europa e no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), do qual é um dos cinco membros permanentes.
Ele também pediu um cessar-fogo em Gaza e alertou que uma ofensiva israelense em Rafah, na fronteira com o Egito, levaria a um "desastre humanitário sem qualquer precedente".
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeita a criação de um Estado palestino. As negociações sobre uma solução de dois Estados não tem avanços significativos desde 2009. Uma iniciativa de alguns dos principais aliados de Israel no sentido de reconhecer um Estado palestino pode pressionar Israel a retomar essas negociações.