Cidades

Mãe lamenta paralisação temporária do projeto de inclusão em escolas municipais

Sem receber seus vencimentos e benefícios, funcionários do Instituto Civitas resolveram nesta quarta-feira, 15, cruzar os braços e interromper, assim, a prestação de serviço de inclusão de alunos considerados especiais da rede municipal de educação. Mãe lamenta a paralisação temporária dos agentes que auxiliam os professores na integração daqueles estudantes com os demais no plano regular de ensino.
 
“Esse trabalho é de muita importância para crianças especiais. Mas eu que estou sempre presente na escola, vejo o quanto esse trabalho é importante, o quanto auxilia os alunos com necessidades especiais. Elas estão presentes a todo momento, desde a chegada até a saída. Bom eu acho que esse trabalho nos dá tranquilidade e segurança”, disse Fabiana Lucas.
 
O projeto de inclusão administrado pelo Instituto Civitas é ofertado em 139 unidades estudantis da rede municipal de ensino e atende aproximadamente 2 mil crianças com necessidades especiais. Fabiana aponta que este trabalho é de fundamental importância para o desenvolvimento das crianças naquele ambiente e também a socialização delas com as demais.
 
“Pelo que pude perceber em pouco tempo que o José (filho de Fabiana) está na rede pública, é que o trabalho da inclusão melhorou muito depois desse projeto e trabalho da Civitas. Agora o trabalho de apoio para alunos especiais tanto auxilia o aluno quanto os professores, não é fácil dar conta de todos os alunos. Tem cadeirante, tem autista, tem síndrome de down, tem deficiente físico, mental, enfim, como os professores vão dar conta?”, declarou.
 
Além de citar os valores relacionados ao trabalho executado, a mãe de José Carlos lamentou a ausência deste trabalho neste dia e para os próximos, caso não haja qualquer solução sobre a remuneração dos profissionais. Ela justifica sua posição dizendo que esta prestação de serviço não é exclusiva dos alunos que possuem qualquer tipo de necessidade específica, mas para todos que estão em sala de aula. A dívida do Governo Municipal com a ONG (Organização Não Governamental) é de quase R$ 12 milhões.
 
“Esse auxílio é fora da sala de aula, então ajudam no banheiro, no almoço e nas atividades que são realizadas no pátio da escola. Fico chateada. Nem tanto pelo José Carlos, mas por aqueles que são mais comprometidos. Como toda criança, seja especial ou não, nesta fase sempre necessitam do apoio de alguém. Por isso tem os monitores. Estes são para todos os alunos”, concluiu.

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