Cidades

Mãe reclama que negligência do Hospital Geral de Guarulhos quase matou o filho

O pequeno Kauan supostamente teria contraído infecção e pneumonia no HGG onde segue internado

Com quatro dias de vida, o bebê Kauan Alcântara Marana Dunda nasceu com a cor roxa por suposta falta de ar, infecção e pneumonia no Hospital Geral Guarulhos (HGG), onde segue internado. Segundo a mãe da criança, a dona de casa Caterine Alcântara Marana de Souza, 22 anos, a negligência de atendimento do hospital quase matou o filho.

Caterine percebeu que a bolsa rompeu e chegou ao HGG no sábado às 10h. A médica plantonista firmou que ela prosseguiria a gestação por mais três semanas e a liberou. Não conformada, a dona de casa foi ao Hospital Jesus, José e Maria (JJM), onde foi constatado que poderia dar a luz a criança prematura com 36 semanas de gestação – o normal seria 40 semanas. Uma ambulância levou a mulher de volta ao HGG, onde deu entrada às 15h.

Kauan nasceu às 2h20 de domingo. Catarine diz que ficou por seis horas aguardando atendimento em um leito do hospital e sentindo dor. Ela afirma que a equipe médica não a acompanhou e, no momento do nascimento do filho, uma médica chegou e aparou a criança.

A mãe do bebê acredita que o HGG foi negligente por não fazer cesárea, já que o parto era prematuro, e por deixar ela sozinha no leito por horas. "Se não fosse meu marido, eu teria morrido", diz. Ela admite que está sofrendo por não poder estar com o filho – internado desde sábado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HGG. "Só pude pegar ele quando nasceu. Ele estava extremamente roxo, com um choro meio cansado", diz.

Casos polêmicos envolvendo o setor pediátrico de Guarulhos têm virado rotina. O Hospital Municipal da Criança (HMC) é investigado por sindicância da Secretaria Municipal da Saúde e do Ministério Público do Estado de São Paulo pela morte de 14 crianças em 55 dias, além da amputação do dedão do pé direito de um bebê de dois meses que deu entrada no HMC com pneumonia.

Grávida foi avaliada pelos médicos 12 vezes segundo informou HGG

A Secretaria de Estado da Saúde, em nota, afirma que a equipe médica do Hospital Geral Guarulhos (HGG) avaliou 12 vezes a dona de casa Caterine Alcântara Marana de Souza, 22 anos, desde o momento da internação – 14h45 ate 24h50 – período em que não tinha dilatação suficiente para o parte.

Segundo o HGG, a paciente foi avaliada às 10h12, passando por todos os procedimentos padrões e não estava em trabalho de parto. "É importante salientar que não é possível prever o momento em que a bolsa pode romper", afirma.

O HGG informa que Kauan Alcântara Marana Dunda nasceu prematuro, na 36ª semana, com pneumonia. "O bebê, neste momento, está internado na UTI com ventilação mecânica. Por conta da prematuridade e da pneumonia, o estado é grave, porém estável", explica a nota.

Segundo o diretor técnico do Hospital Jesus, José e Maria, o médico Jacó Vlasic, a dona de casa deu entrada no hospital com perda de líquido, o que supõe ruptura da bolsa, e discreta dilatação de 1 cm. Ela foi encaminhada novamente no HGG por conta da distribuição de vagas nos partos em casos em que não há urgência.

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