Economia

Maggi comunica que não vai participar do pleito eleitoral em 2018

O ministro da Agricultura, Blairo Maggi, anunciou nesta segunda-feira, 26, que não vai concorrer ao pleito eleitoral em 2018 e, desta forma, permanecerá à frente da pasta até o fim do ano. “Eu comecei a avaliar essa definição faz muito tempo e sempre vim colocando esse grau de dificuldade para me manter na política”, disse ele, durante entrevista coletiva na Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), em Cuiabá (MT), mesmo local em que Maggi anunciou, em 2002, que seria candidato ao governo do Estado, pela primeira vez.

“Confesso a vocês que me sinto muito melhor no ministério. Me sinto muito mais realizado lá do que no Senado”, disse o ministro. “O Parlamento é um local de construção de Legislação, normatização e que muitas vezes seu trabalho não aparece, para quem vem do Executivo isso é um pouco frustrante”, salientou.

Maggi informou, ainda, que a decisão precisava ser tomada agora, mesmo antes do fim do prazo oficial para as candidaturas, porque sua indecisão poderia atrasar as definições do quadro político de Mato Grosso. Ele afirmou, porém, que não vai apoiar oficialmente nenhum candidato.

O ministro foi questionado sobre denúncias envolvendo seu nome e como ficará sem o foro privilegiado, que deve perder ao deixar de ser político eleito no próximo ano. “Se eu não estou disposto à disputar eleição, estou abrindo mão de foro (privilegiado). É uma decisão muito tranquila”, garantiu.

Blairo Maggi negou que as denúncias publicadas na imprensa contra ele tenham sido decisivas para deixar a política. “Claro que qualquer coisa negativa que tenha que responder preocupa, mas são fatos que estão colocados e não fazem parte das discussões políticas, mas das discussões jurídicas”, disse.

Ele também negou que esteja negociando se manter no cargo de ministro da Agricultura com os pré-candidatos à Presidência da República. Particularmente sobre o presidente Michel Temer, ele reforçou que ele (Temer), até o momento, não é candidato à reeleição. “Sempre que conversamos, ele diz que não é candidato”, afirmou.

Maggi ressaltou que avaliará “com carinho”, se um governo com ideologia e metodologia de trabalho similar ao atual for eleito e lhe fizer um convite para permanência no Ministério da Agricultura.

Reforma ministerial

Blairo Maggi informou que já comunicou sua decisão formalmente ao presidente Michel Temer, na semana passada, e colocou o cargo à disposição. “Sei que haverá uma reforma ministerial em abril, por isso, coloquei o cargo à disposição do presidente para que ele se sinta à vontade para fazer os ajustes necessários, mas fui convidado a permanecer no cargo”, afirmou.

O ministro acrescentou que, ao sair do ministério, pretende fazer um curso de inglês e cuidar mais da vida pessoal. “Se eu tivesse obedecido meu pai hoje estaria fluente em inglês. Sinto uma frustração muito grande quando estou no Exterior e quero falar direto com alguém e não consigo”, brincou.

Maggi iniciou na política em 1994 como suplente na chapa encabeçada pelo senador Jonas Pinheiro. Em 2002 foi eleito governador de Mato Grosso e reeleito em 2006. Em 2011 disputou uma vaga para o Senado e tem mandato até fevereiro de 2019. Assumiu o Ministério da Agricultura no dia 12 de maio de 2016.

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