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Maia: Câmara e Senado vão construir um calendário conjunto para reforma política

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta segunda-feira, 26, que a taxa de renovação no Congresso brasileiro é alta em relação a outros países com democracias mais amadurecidas. Pelas suas contas, a taxa de renovação no Brasil chega a 50% entre uma eleição e outra. Para ele, essa taxa “não tem garantido estabilidade”.

Essa declaração foi dada logo após ter dito que discorda de quem afirma que o voto distrital, se aprovado no Brasil, favoreceria a reprodução de mandatos no Brasil. Maia participou nesta segunda-feira de evento sobre a reforma política na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.

Ao comentar a reforma política, ele afirmou que vai construir um calendário em conjunto com o Senado para que a discussão avance. Prometeu, inclusive, que a Câmara vai avançar nas discussões sobre alterações de regras no sistema eleitoral e de financiamento das campanhas.

Ao tocar alguns pontos da reforma, defendeu a criação de uma cláusula de barreira para partidos políticos e o fim das coligações proporcionais, mas reconhecem que só estas duas medidas não resolvem a crise política, uma crise que, na sua visão, atinge mais o Poder Executivo.

Aos céticos, Maia lembrou os avanços no Congresso em outras reformas tidas como difíceis. “Ninguém nunca imaginou que fôssemos avançar tanto na reforma trabalhista”, afirmou. “O que está faltando numa crise como essa é paciência”, disse. “Muitos jogam temas no ar que não vão ajudar”, acrescentou.

Enquanto defendia a realização da reforma política, Maia ressaltou que outras reformas também são importantes. “Depois da reforma política, que é decisiva, outras reformas precisam voltar”, destacou.

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