O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou que o Congresso avalia aprovar uma ajuda a informais na ordem de R$ 500. Como o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) mostrou na quarta-feira, esse é o valor defendido pelos deputados. O valor seria mais que o dobro do que havia sido anunciado inicialmente pela equipe econômica. O governo, porém, deu sinal verde para um valor menor, de R$ 300.
A criação do auxílio emergencial para trabalhadores informais e a antecipação de uma parte do Benefício de Prestação Continuada (BPC) a pessoas com deficiência que ainda aguardam uma resposta na fila do INSS foram incluídos em um projeto de lei já em tramitação na Câmara, para agilizar a concessão do socorro às famílias mais vulneráveis. O projeto deve ser votado ainda nesta tarde.
"O que está se construindo é um valor ordem de R$ 500, é o que o Parlamento está trabalhando. Nós sabemos que nesse projeto de lei se organiza a questão do BPC, apenas para este ano, até porque para 2021 já tem uma lei, com um veto derrubado que tem um impacto de R$ 20 bilhões", disse Maia. "Nossa opinião é que vai gerar impacto a mais de R$ 10 ou 12 bilhões a mais, mas é pouco em relação ao que o Brasil precisa investir, garantir à sociedade, é muito pouco", completou.
Maia disse que é necessário garantir renda e previsibilidade aos informais também para que seja possível, no futuro, se planejar um isolamento vertical.
"A questão do vulnerável é muito importante. Até porque esses certamente que estão na informalidade é que, de alguma forma, têm um risco maior. Vivem em residência com um número maior de pessoas, com mais dificuldade de isolamento", afirmou.
Maia também voltou estimar que será necessário um montante de R$ 400 bilhões para enfrentar a crise no País provocada pelo novo coronavírus.