Surat, na Índia, é um dos principais lugares do mundo ligados ao comércio de diamantes. É nessa cidade, localizada no Estado de Gujarat, que 90% dos diamantes que circulam por todos os continentes são lapidados. Agora, a cidade ganhou um novo número recorde ligado às pedras preciosas: está abrigando o maior (em área, não em altura) edifício comercial do mundo, destinado a profissionais deste ramo.
Com sua construção recentemente finalizada, o edifício Surat Diamond Bourse, na Índia, tem cerca de 6,2 mil metros quadrados e chega a ultrapassar, com essa medida, o Pentágono, nos Estados Unidos, que tem cerca de 6,1 mil metros quadrados. Em uma área espalhada por cerca de 14,3 hectares e 15 hectares , a construção tem espaço para mais de 4,5 mil escritórios para mais de 65 mil profissionais de diamantes nacionais e internacionais.
De acordo com os responsáveis pelo projeto, a ideia é promover mais importações, exportações e comércio de diamantes, pedras preciosas e joias da Índia, além de criar um espaço com maior infraestrutura para esta indústria na região.
"Noventa por cento dos diamantes do mundo são fabricados em Surat, mas para negociar, temos que ir para Mumbai. Precisávamos de infraestrutura como um centro comercial. É o maior edifício de escritórios do mundo e planejamos manter o crescimento futuro em mente" disse Vallabh Lakhani, presidente do comitê central da construção, ao jornal The Times Índia, em outubro de 2022.
O projeto ainda contempla cofres, centro de convenções, cofres, centros de exposições, centros de treinamento, áreas de entretenimento, restaurantes e um clube. Dentro da construção, haverá 125 elevadores, cada um com uma velocidade de 3 metros por segundo.
O maior edifício comercial do mundo ainda terá uma pegada sustentável. De acordo com o escritório de arquitetura Morphogenesis, responsável pelo projeto, o edifício é inspirado em uma espinha de peixe, tendo uma coluna de circulação linear que ancora o edifício, conectando-o horizontal e verticalmente em todos os andares. Essa coluna afunila o movimento dos usuários em cada bloco de escritórios e se abre nas extremidades para capturar o vento que vem de fora, diminuindo a dependência de resfriamento artificial.
A construção está finalizada e expectativa é que os espaços comecem a ser ocupados em novembro deste ano, de acordo com a imprensa indiana. Os construtores projetam que o edifício traga um volume de negócios de mais de US$ 27 bilhões anualmente.