Estadão

Maior hospital de Gaza fica sem luz enquanto aliados de Israel pedem proteção a civis

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ignorou neste sábado, 11, os pedidos de aliados ocidentais sobre "fazer mais" para proteger civis palestinos, à medida que tropas cercavam o maior hospital de Gaza, onde médicos disseram que cinco pacientes morreram, incluindo um bebê prematuro, depois que o último gerador ficou sem combustível.

Israel acusou o Hospital Shifa de ser o principal posto de comando do Hamas, dizendo que os militantes estavam usando civis como escudos humanos e montando elaborados bunkers embaixo da construção.

Nos últimos dias, os combates perto de Shifa e de outros hospitais na zona de combate no norte de Gaza se intensificaram e os abastecimentos de energia se esgotaram.

Netanyahu disse que a responsabilidade por qualquer dano aos civis cabe ao Hamas, repetindo alegações de longa data de que o grupo militante usa civis em Gaza como escudos humanos. Ele disse que, embora Israel tenha instado os civis a deixarem as zonas de combate, "o Hamas está fazendo tudo o que pode para impedi-los de sair".

A sua declaração ocorre depois que o presidente da França, Emmanuel Macron, pressionou por um cessar-fogo e pediu que outros líderes se juntassem à ele, dizendo que "não havia justificativa" para o bombardeamento contínuo de Israel.

Os Estados Unidos também têm pressionado por pausas temporárias no conflito, as quais permitiriam uma ajuda mais ampla para civis.

Neste sábado, os militares israelenses anunciaram pela primeira vez uma breve pausa no combate como parte de uma janela de evacuação, nomeando especificamente o campo de refugiados urbanos de Jabaliya, próximo à cidade de Gaza. Fonte: <i>Associated Press</i>.

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