Estadão

Maior parte do investimento em plano de transição ecológica é privado, diz Haddad em entrevista

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 10, em entrevista ao podcast <i>O Assunto</i>, que o governo mapeou oportunidades em que o Brasil tem vantagens competitivas para integrar o plano de transição ecológica, que vai alavancar a economia do País e atrair mais investimentos privados. "A reforma tributária, arcabouço fiscal e transição ecológica são o desenho de um novo Brasil", disse.

Haddad explicou que apresentou o plano ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva na última sexta-feira, 7, em reunião de mais de duas horas, e que mais de 100 ações compõem a estratégia, que inclui ações de infraestrutura, geração de energia limpa, mineração e combate ao desmatamento.

O plano é enviar projeto de lei a partir de agosto, como a legislação para o mercado de carbono. Ele também destacou que no âmbito da reforma tributária o Imposto Seletivo, um tipo de tributo regulatório que incidirá sobre itens que o governo deseje desestimular o uso, também terá papel fundamental na proposta.

O ministro listou que está no radar do governo autorizar a exploração de terras raras, como lítio. A desburocratização de investimentos verdes também está na mira do governo, que planeja um arcabouço legal para sustentar as iniciativas.

"O Brasil não vai colocar limites ou obstáculos à produção de energia verde", disse. O ministro também lembrou que entre as iniciativas do governo estão um roadshow para atrair empresas para produzir bens com selo <i>net zero</i>, sem emissão de carbono.

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