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Maior vazão deve gerar vazamentos até plano de redução de perdas ser implantado

Está previsto ainda para este mês de janeiro a abertura de uma licitação para a contratação, pela Sabesp, de obras para manutenção e redução de perda de água na rede de distribuição de Guarulhos. O objetivo é diminuir em um curto espaço de tempo os vazamentos e equilibrar a oferta de água na cidade. O valor investido deve ser de R$ 350 milhões.
 
Os vazamentos são problema comum hoje em dia em Guarulhos. O GuarulhosWeb recebe várias reclamações de leitores a respeito de desperdício de água e consertos mal feitos pelo Saae. Só em 2018, a autarquia – que foi concedida à Sabesp – registrou o conserto de 21.805 vazamentos em toda a cidade. O valor total gasto foi de R$ 3.297.480,86, incluindo também o serviço de tapa-valas decorrente do conserto.
 
Com as novas obras que a Sabesp (que assumiu o serviço no dia 1º de janeiro) começou a realizar para zerar o rodízio até o fim do ano, o aparecimento de novos vazamentos deve ocorrer, admite o diretor metropolitano da companhia, Paulo Massato. Ao GuarulhosWeb, ele disse que o motivo é justamente o aumento da vazão de água nas tubulações. “Toda vez que nós colocamos mais água em uma região que vem sofrendo com o rodízio há muito tempo, essa região apresenta muitos vazamentos. Isso acontece durante o processo de pressurização e despressurização e afeta as juntas. Então, toda vez que colocamos mais água, nós vamos perder mais”, explicou.
 
Segundo Massato, na primeira semana após o início das obras no Bairro dos Pimentas, as equipes registraram 200 vazamentos na região. Cada equipe empenhada nos serviços de manutenção tem a capacidade de atender de 3 a 5 consertos por dia. “Estamos fazendo os consertos, mas isso não é de uma hora para outra”, esclareceu, ressaltando a dificuldade para regularizar as perdas.
 
As ações no Pimentas fazem parte da primeira fase de obras, assim como na região central. Por lá, foi inaugurada uma adutora de 600 milímetros, com tubulação de aço, abastecida pelo reservatório de São Miguel, que recebe mais 50 litros de água por segundo.
 
O diretor explicou, ainda, que justamente por conta da previsão de perdas, a oferta de água disponível para Guarulhos é o dobro da necessidade do município. “Hoje Guarulhos já tem o consumo per capta mais alto da região metropolitana, porque a água que entra ao município é suficiente para atender uma vez e meia a sua necessidade. Nós vamos ter que trabalhar muito na redução de perda. Não adianta ficar colocando água e perdendo, porque vamos continuar tendo falta de água”, completou.
 

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