“Lembrem-se: assinem o canal do PewDiePie”. Nos últimos meses, a frase tomou conta da internet: era uma campanha para manter o youtuber sueco Felix Kjellberg, conhecido na rede como PewDiePie, no topo do site de vídeos do Google. Hoje, ele tem 89 milhões de seguidores, mas está ameaçado de ser ultrapassado pelo canal de música indiano T Series. Na sexta-feira, 15, porém, a frase ganhou contornos trágicos: foi dita por Brenton Tarrant durante a transmissão que fez dos ataques em Christchurch no Facebook.
Ao saber da notícia, PewDiePie se disse “enojado com a citação”. Em uma publicação em sua conta no Twitter, Kjellberg prestou respeito “às vítimas, às famílias e a qualquer um que tenha sido afetado pela tragédia.”
Maior youtuber do mundo, PewDiePie é o líder de inscritos no site de vídeos do Google desde dezembro de 2013. Em suas publicações, o sueco de 29 anos costuma dividir suas atenções entre partidas de videogames dos mais diversos gêneros e vídeos sobre a própria vida.
É um fenômeno da internet. Somando todas as postagens, seu canal já teve mais de 20 bilhões de visualizações no YouTube. Estima-se que ele fature pelo menos US$ 1 milhão ao ano só com a exibição de anúncios em seus vídeos – isso sem contar acordos publicitários e de distribuição de seus vídeos em outras plataformas.
Além disso, ele também se aventurou na literatura – Este Livro Te Ama, lançado pelo sueco em 2015, foi traduzido para inúmeras línguas, incluindo o português. No entanto, nem só de vídeos e de piadas de humor obscuro vive Kjellberg, que mora em Brighton, na Inglaterra, e é casado com uma estilista.
Em 2017, PewDiePie teve diversos contratos cancelados com parceiros e anunciantes, incluindo Disney e Google, após ter sido acusado de cometer atos de racismo, misoginia e antissemitismo em seus vídeos.
“Não vou pedir desculpas, porque sei que não há desculpa para o que fiz”, chegou a dizer o youtuber após os incidentes. Kjellberg também foi bastante criticado por fazer piadas com a cantora americana Demi Lovato, que enfrenta problemas com vício em álcool e cocaína.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.