Estadão

Maioria das Bolsas da Europa fecha em alta, com otimismo antes do Federal Reserve

As bolsas europeias fecharam na maioria em alta nesta terça-feira, com investidores à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), que sai na quarta-feira. É esperado que o BC dos Estados Unidos mantenha o atual nível de acomodação monetária, o que impulsionou os índices no Velho Continente.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 0,11%, aos 458,81 pontos. As bolsas de Londres e de Frankfurt, principais mercados europeus, puxaram os ganhos. O índice londrino FTSE 100 subiu aos 7.172,48 pontos, em avanço de 0,36%, idêntico ao do alemão DAX, que foi aos 15.729,52 pontos.

No Reino Unido, a ação de classe B da Royal Dutch Shell subiu 2,32%, acompanhando a alta do petróleo no mercado futuro. Papéis de multinacionais, como a Associated British Foods (+3,32%) e BT Group (+2,87%) tiveram bons desempenhos, em meio à expectativa de investidores de que o Fed manterá a alta liquidez nos mercados após a decisão da quarta, mesmo com a alta inflacionária nos EUA, como avaliam analistas consultados pelo <i>Broadcast</i>, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Neste contexto, a ação da Deutsche Boerse, agenda de comercialização de valores imobiliários na Alemanha, subiu 1,38% nesta terça em Frankfurt.

Na ponta contrária em Londres, o setor de mineração acumulou fortes perdas em meio ao tombo de 4% do cobre, além da queda de outros metais básicos na London Metal Exchange (LME). Entre os piores desempenhos, a Antofagasta caiu 4,18% e a Anglo American, 3,82%.

Em Paris, o CAC 40 encerrou o dia com avanço de 0,35%, aos 6.639,52 pontos. A ação da Airbus subiu 0,69%, após os EUA confirmarem um acordo com a União Europeia (UE) pela suspensão das tarifas autorizadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC) relativas à disputa comercial que envolve subsídios à companhia francesa e à americana Boeing.

Investidores europeus acompanharam ainda a divulgação da balança comercial na zona do euro, que em abril assinalou a quarta queda mensal consecutiva nas exportações do bloco. Já na Alemanha, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) subiu 0,5% em maio ante o mês anterior, e 2,5% na taxa anual, como era esperado.

Contrariando o movimento geral das bolsas, o índice FTSE MIB, de Milão, caiu 0,08%, aos 25.736,75 pontos, e o IBEX 35, de Madri, recuou 0,54%, aos 9.230,70 pontos. A bolsa madrilenha foi prejudicada pela queda de mais de 4% da ArcelorMittal, diante do forte recuo dos metais básicos no mercado futuro.

Por fim, o PSI 20, de Lisboa, se recuperou de queda mais cedo e terminou o dia com leve alta de 0,05%, aos 5.201,36 pontos.

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