Estadão

Maioria das Bolsas da Europa fecha em alta moderada

As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em alta nesta sexta-feira, embora com ímpeto limitado. Durante a sessão, investidores repercutiram indicadores econômicos e perspectivas para a política monetária, além dos desdobramentos da guerra na Ucrânia. O índice Stoxx 600 encerrou com ganho de 0,11%, a 453,55 pontos, em queda de 0,23% na semana.

"Os mercados estão tentando precificar algo que é basicamente impossível de precificar, pois parte do que está acontecendo no mundo depende do pensamento de Vladimir Putin presidente da Rússia, que ninguém sabe", explicou o diretor de investimentos da Kleinwort Hambros, Fahad Kamal.

A Casa Branca e a Comissão Europeia anunciaram nesta sexta um plano conjunto para reduzir à dependência dos países europeus das fontes de energia russas, como parte da resposta à invasão da Ucrânia. O acordo incluirá o aumento do fornecimento de gás natural liquefeito (GNL) à região em até 15 bilhões de metros cúbicos ainda este ano.

Em viagem ao continente europeu, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, defendeu na quinta a expulsão da Rússia do G20. Na Polônia, o democrata disse que deve impor mais sanções contra Moscou e lembrou as punições adotadas até o momento.

Sobre as negociações de paz, o porta-voz do Kremlin afirmou que gostaria que as conversas tivessem mais substância. Já o Banco da Rússia anunciou que comprará ouro de instituições de crédito do país a partir de segunda-feira, em uma tentativa de equilibrar a oferta e demanda.

Com esses desdobramentos no radar, o índice Moex Rússia, da Bolsa de Moscou, encerrou o pregão em baixa de 3,66%, a 2.484,13 pontos, no segundo dia de operação parcial do mercado acionário, após ter ficado cerca de um mês fechado. Na quinta, a referência tinha subido mais de 4%.

Em outras praças, houve especial foco para dados econômicos. No Reino Unido, as vendas no varejo caíram 0,3% em fevereiro ante janeiro, bem menos do que o esperavam analistas. Com isso, o índice FTSE 100, da bolsa de Londres, avançou 0,21%, a 7.483,35 pontos, em alta de 1,06% na semana.

Em Frankfurt, o DAX ganhou 0,22%, a 14.305,76 pontos, mas recuou 0,74% no acumulado semanal. Segundo revelou nesta sexta o instituto Ifo, o índice de sentimento das empresas da Alemanha caiu de 98,5 pontos em fevereiro para 90,8 pontos em março, atingindo o menor nível em 14 meses.

Já o Produto Interno Bruto (PIB) da Espanha cresceu 2,2% no quarto trimestre de 2021 ante o terceiro. Por lá, o Ibex 35, referência em Madri, subiu 0,31%, a 8.330,60 pontos, com queda de 1,03% ante a sexta-feira da semana passada, de acordo com cotação preliminar.

Ao longo da sessão, operadores acompanharam comentários de dirigentes de bancos centrais. O presidente da distrital de Nova York do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), John Williams, por exemplo, não quis descartar a possibilidade de a instituição aumentar juros em 50 pontos-base em qualquer uma das próximas reuniões.

Nesse ambiente, o FTSE MIB, de Milão, aumentou 0,64% nesta sexta e 1,39% na semana, a 24.558,74 pontos. O papel da Telecom Italia, controladora da TIM Brasil, subiu 1,81%, após relatos de que o fundo de private equity KKR está interessado em assumir o controle da empresa.

O parisiense CAC 40, por outro lado, baixou 0,03%, a 6.553,68 pontos, numa queda de 1,01% na semana. Já o PSI 20, da Bolsa de Lisboa, teve valorização diária de 0,80% e semanal de 2,75%, a 5.849,12 pontos.

<i>*Com informações da Dow Jones Newswires</i>

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