As bolsas da Europa fecharam majoritariamente em queda nesta quarta-feira, 13, com Londres contrariando o movimento predominante. O clima de cautela prevaleceu diante da queda além do esperado na produção industrial da zona do euro e do Reino Unido, indicando desaceleração econômica. Ao mesmo tempo, a inflação volta a avançar nos Estados Unidos, suscitando preocupações com maior aperto monetário.
Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 0,11%, aos 7536,09 pontos; em Frankfurt, o DAX caiu 0,32%, aos 15665,77 pontos; em Paris, o CAC 40 recuou 0,30%, aos 7230,77 pontos; em Milão o FTSE MIB teve perdas de 0,32%, aos 28494,03 pontos; em Madri, o Ibex 35 cedeu 0,25%, aos 9430,20 pontos; e, em Lisboa, o PSI 20 perdeu 0,22%, aos 6139,75 pontos. As cotações são preliminares.
A produção industrial da zona do euro recuou 1,1% em julho ante junho, surpreendendo os analistas da FactSet que previam queda de 0,7%.
A Capital Economics acredita que o indicador deverá continuar caindo pelo resto do ano, frente ao enfraquecimento da demanda – cenário que tende a frear o apetite por risco. Já a produção industrial do Reino Unido caiu 0,7% no período, mais que o consenso de recuo de 0,6% dos analistas consultados pela FactSet.
Os mercados acionários europeus, que já operavam em baixa, aceleraram queda pontualmente após a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.
O indicador mostrou aceleração na inflação cheia e aumento acima do esperado no seu núcleo – "nada que provavelmente detenha o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) de manter juros inalterados na próxima semana, mas adiciona alguma incerteza sobre a decisão de novembro", comentou o economista Mohamed El-Erian no X (antigo Twitter).
Nos noticiários, a <i>Bloomberg</i> reportou que o governo alemão vai prever uma contração para este ano em vez de um crescimento lento, quando atualizar suas perspectivas para economia no próximo mês.
Em destaque, ações do setor de energia eólica foram negociadas em alta depois de a União Eropeia (UE) informar que pretende introduzir um pacote de apoio à indústria. As fabricantes de turbinas eólicas Vestas e subiram 5,31% e 4,82%, respectivamente.
Já o subíndice do Stoxx 600 para o setor automotivo avançou 0,71%, depois de chegar a saltar até 2% durante o pregão, com notícia de que a União Europeia (UE) irá lançar uma investigação sobre subsídios concedidos a fabricantes de carros elétricos na China.
Em Londres, a ação da petrolífera BP perdeu 2,72%, após Bernard Looney renunciar ao cargo de CEO por questões ligadas a relacionamentos anteriores com colegas, e mesmo com a notícia da <i>Reuters</i> de que a companhia planeja investimento verde bilionário.
A alta no FTSE 100 foi puxada pela seguradora Aviva, que ganhou 4,46% depois de anunciar venda da sua participação na Singlife.
<i>*Com informações da Dow Jones Newswires</i>