Embora a maioria dos membros da reunião de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) tenha optado por manter a taxa básica de juros em 0,5%, a maioria também espera relaxar a política já em agosto.
Apesar de as incertezas terem aumentado após a decisão do Reino Unido de sair da União Europeia em meio a sinais de abrandamento da economia, as autoridades disseram que preferem esperar até a próxima reunião, no dia 4 de agosto, para avaliarem detalhadamente as novas estimativas de crescimento e inflação e, assim, implantarem novas medidas de estímulo.
“A maioria dos membros da comissão espera que a política monetária seja relaxada em agosto”, segundo o comunicado. “O tamanho e a natureza das eventuais medidas de estímulo serão determinadas nas próximas semanas”, apontou o BoE. No mesmo dia da decisão de juros em agosto, será divulgado também o relatório trimestral de inflação e, de acordo com o comunicado, a perspectiva de longo prazo depende das expectativas de inflação.
Os membros não especificaram quais tipos de estímulos poderão vir, mas autoridades anteriormente listaram as ferramentas que estão à sua disposição como, por exemplo, um corte de juros, aumento do programa de compra de títulos pelo BOE, extensão de compras de dívidas corporativas e outros ativos e aumento da oferta de crédito para as famílias e empresas.
“Análise detalhada de todas as opções de política é necessária”, pontuou o BOE.
Gertjan Vlieghe, foi o único membro que optou pelo corte da taxa de juros na reunião deste mês e aumentar mais os estímulos em agosto.