Com os campos de refugiados administrados pelo governo turco operando em plena capacidade, mais de 1 milhão de refugiados sírios que fugiram para a Turquia para escapar dos conflitos nos país estão lutando para sobreviver por conta própria, de acordo com um relatório da Anistia Internacional divulgado nesta quinta-feira.
A Turquia, que abriga metade dos 3,2 milhões de refugiados que fugiram da Síria, é o país com mais afetado pelo que a Anistia classificou como a situação como “a pior crise de refugiados do mundo na atual geração”. Em setembro, a Turquia recebeu em três dias cerca de 130 mil refugiados da Síria, mais do que toda a União Europeia teve nos últimos três anos, segundo o relatório.
A estimativa é que 1,6 milhões de refugiados sírios entraram na Turquia desde que a guerra civil síria iniciou em março de 2011. Cerca de 220 mil pessoas estão morando em 22 acampamentos gerenciados pelo governo que oferece alimentação e serviços essenciais. Os outros 1,38 milhão, mais de 85%, está fora desses locais, principalmente em comunidades na fronteira dos dois países.
De acordo com a Anistia, pelo menos 17 pessoas foram mortas por guardas da fronteira em pontos não oficiais de travessia entre dezembro de 2013 e agosto deste ano. O relatório citou outros 10 incidentes em que 31 pessoas alegam terem sido agredidas por guardas turcos. A organização pediu que a Turquia “revise radicalmente as práticas nas fronteiras e encerre a necessidade dos refugiados de usar pontos irregulares de travessia”. Fonte: Associated Press.