A direção do Manchester United proibiu a presença de repórteres de quatro veículos de comunicação na entrevista coletiva do técnico Erik ten Hag desta terça-feira. Os veículos publicaram no início da semana matérias sobre uma suposta insatisfação dos jogadores com o treinador holandês.
Os veículos barrados foram os jornais <i>Manchester Evening Standard</i> e <i>The Mirror</i> e os canais de TV Sky Sports e ESPN. Na segunda-feira, os quatro publicaram matéria em que apontavam Te Hag sob pressão dentro do vestiário, diante da insatisfação de boa parte do elenco.
Em alguns pontos, há até a especulação sobre a chance de o holandês perder o emprego nas próximas semanas. O United vive fase difícil na temporada, com 10 derrotas nos últimos 21 jogos, com futebol aquém do esperado tanto no Campeonato Inglês quanto na Liga Europa.
Em breve comunicado, o United explicou que a decisão de barrar os quatro repórteres destes veículos não foi motivada por retaliação. "Tivemos essa ação contra estes meios de comunicação não porque não gostamos das matérias que foram publicadas, mas porque não entraram em contato conosco para termos a oportunidade de dar nosso ponto de vista. Acreditamos que este é um princípio importante a ser defendido e esperamos que sirva para melhorar nosso trabalho", afirmou o clube inglês.
Não se trata da primeira vez em que o United reage desta forma após matéria sobre o trabalho de Ten Hag. No mês passado, um veículo também foi vetado de uma das coletivas por escrever que o treinador estava perto da demissão.
Na coletiva desta terça, em preparação para o jogo contra o Chelsea, pelo Inglês, o técnico holandês negou que venha enfrentando resistência aos seus métodos no vestiário do time.
"Vocês sabem que não dá para jogar um grande futebol, como fizemos recentemente, se não há unidade. Estamos numa jornada, numa rota. Sabemos que estamos numa transição, mas estamos na direção correta", declarou o treinador.