Organizadores calculam em dez mil o número de participantes no ato contra o governo do presidente Michel Temer em Fortaleza. A Polícia Militar não fez estimativa. Muitos portavam cartazes pedindo a realização de eleições gerais.
A concentração começou às 16h, em frente à estátua de Iracema, na Avenida Historiador Raimundo Girão. Por volta das 17h, os manifestantes começaram a caminhar pela Rua Ildefonso Albano em direção à Avenida Monsenhor Tabosa, seguindo pela Barão de Studart, onde desceram para a Avenida Beira Mar.
O ato foi organizado por 15 movimentos sociais, entre os quais o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT), União da Juventude Socialista (UJS) e partidos de esquerda como PT, PSOL, PCB e PSTU.
Grupos entoaram gritos de “Fora, Temer!” e de apoio à presidente cassada Dilma Rousseff. Outros levaram cartazes afirmando que “eleições são uma farsa” e pregando o não voto. Havia muitos mascarados entre os participantes. Até o início da noite, o protesto se manteve sem incidentes.
Entre os participantes, estava o estudante Matheus Santos. Pedindo novas eleições, ele afirma que Temer não tem legitimidade para governar, porque tornou-se presidente por meio de um “golpe”.
Pela manhã, o Grito dos Excluídos, puxado pela Igreja Católica, percorreu os bairros Mondubim, Jangurussu e São Cristovão. Entre os 2,5 mil participantes, muitos portavam cartazes com frases pedindo respeito à democracia.
No interior do Ceará, os desfiles militares também foram marcados por protestos contra Temer. Na região do Cariri, houve manifestação nas cidades de Juazeiro do Norte e Crato. Em Juazeiro, segundo os organizadores, havia cerca de 3 mil pessoas.