Política

Manobra política impede discussão da CEI da Educação no Legislativo

Quatro vereadores retiraram assinatura que pedia a abetura da investigação para apurar possíveis irregularidades

Além de começar com vinte minutos de atraso, a sessão desta quinta-feira do Legislativo foi encerrada pela sétima vez no ano por ausência de quórum. Entretanto, para a Oposição, tudo não passou de uma manobra para evitar possíveis debates entre os vereadores da base e os da oposição sobre as declarações do secretário de Educação, Moacir de Souza.

"Nessa Casa só tem moleques", afirmou Geraldo Celestino (PSDB) que no momento do encerramento estava esperando o presidente conceder os minutos pertinentes para fazer uso da palavra.

Durante audiência pública sobre orçamento da pasta, no último dia 3, o secretário teria dito que 80% das creches conveniadas à Prefeitura teriam problemas na prestação de contas em 2008. A Oposição, com apoio de 13 vereadores, fez um requerimento solicitando a abertura de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar essas irregularidades.

A vereadora Eneide (PT) convocou uma nova audiência pública, que ocorreu nesta quarta-feira, para que o secretário esclarecesse as declarações dadas. Moacir de Souza admitiu as irregularidades com várias entidades, contudo afirmou que na verdade 80% dos problemas enfrentados nos últimos anos seriam referentes a questões de 2008.

Após a audiência, os vereadores Alan Neto (DEM), Eduardo Soltur (PSD), Eduardo Kamei (PTB) e Eraldo Souza (sem partido) retiraram suas assinaturas do requerimento, prejudicando sua instauração.

O presidente do Legislativo suspendeu a sessão por cinco minutos, tempo suficiente para os vereadores saírem do Plenário, mesmo assinando a lista de presença. Quando os trabalhos foram retomados, pelo vice-presidente Edmilson Souza (PT), ele encerrou a sessão justificando a ausência de quórum.

No momento estavam presentes na sessão os vereadores tucanos Vitor da Farmácia, José Mário, Eduardo Carneiro, Romildo Santos e Geraldo Celestino, além do Índio de Cumbica (DEM), Wagner Freitas (PP), Toninho Magalhães (PTC), Paulo Sérgio (PR), Ricardo Rui (PPS) e Guti (PV).

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