Estadão

Manter juros restritivos para inflação convergir é obrigação do BC, afirma Galípolo

Diante de questionamentos no mercado sobre o compromisso com a meta dos indicados pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, o diretor de Política Monetária do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, ressaltou nesta quarta-feira que é uma obrigação manter os juros em patamar restritivo pelo tempo necessário para a convergência da inflação.

Em evento do <i>Valor Econômico</i> em Nova York, Galípolo explicou que seu voto por um corte maior dos juros na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) foi motivado pelo custo de abandonar a sinalização, comunicada no encontro anterior, de seguir reduzindo a Selic em 0,50 ponto porcentual.

Ele argumentou que os tempos são diferentes entre os diretores que estão chegando ao BC, e precisam ganhar credibilidade, e os que já estavam na autarquia há mais tempo, incluindo o presidente Roberto Campos Neto, que têm a credibilidade construída.

"Os tempos são diferentes", disse Galípolo, sustentando que quebrar o guidance poderia gerar desconfiança em relação aos novos diretores do BC.

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