Ao falar sobre o ataque aos índios da etnia gamela por pistoleiros no Maranhão, o ministro da Justiça, Osmar Serraglio, afirmou que a permanência do atual presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai), Antônio Costa, é uma decisão do presidente Michel Temer.
“Não é o ministro da Justiça que vai decidir em relação ao presidente. Claro que vai identificar a proficiência se houver troca de presidente”, afirmou o ministro nesta quarta-feira, 3, ao anunciar o envio de homens da Força Nacional ao Rio de Janeiro.
Serraglio disse ainda que a Funai sofreu um corte de despesas semelhante ao dos demais órgãos do governo. “Nenhum centavo a mais ou a menos foi destinado à Funai”, afirmou.
Segundo o ministro, o governo quer legalizar as terras indígenas e estuda a realização de mutirões para agilizar os processos. “Não temos nenhuma restrição. O governo quer legalizar as demarcações.”
Serraglio disse ter entrado em contato com a Polícia Federal assim que soube do ataque aos índios. “Pedi investigação e proteção em níveis que legalmente podemos interferir em relação à segurança, que é do Estado.”
O ataque ocorreu no domingo, dia 30 de abril, em Viana, no Maranhão, e deixou 13 feridos, alguns deles em estado grave. O presidente da Funai, Antônio Costa, disse nesta terça-feira, 2, que o episódio está entre os casos que não teriam como ser evitados e citou o contingenciamento pelo qual passa o órgão. “Conflitos a gente não tem como evitar”, disse.