O jornalista Marcelo Rech foi reeleito na quinta-feira, 27, presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ) pelos próximos dois anos. A nomeação ocorreu durante uma reunião virtual do Conselho de Administração na Assembleia-Geral de Associados da entidade.
Rech é vice-presidente Editorial e Institucional do Grupo RBS e assumiu a diretoria da ANJ em 2016, no lugar do diretor-geral da Rede Gazeta, Carlos Fernando Lindenberg Neto, conhecido como "Café".
Também foram definidas ontem as novas composições dos conselhos de Administração e Fiscal e da diretoria da entidade para o biênio 2020-2022.
Na reunião, que foi realizada por meio de videoconferência em função da pandemia do novo coronavírus, o executivo falou sobre os desafios da indústria jornalística no Brasil e citou a necessidade de as plataformas digitais remunerarem os veículos jornalísticos pelo uso de seus conteúdos.
O presidente da ANJ destacou em seu discurso o trabalho da entidade na permanente defesa da liberdade de imprensa, que, segundo ele, "é, no fundo, a defesa dos jornais livres e de uma indústria de comunicação saudável e independente".
Além de Rech, a nova diretoria é composta pelos seguintes vice-presidentes: Carlos Fernando Lindenberg Neto, o "Café", da Rede Gazeta (ES); Maria Judith de Brito, da Folha de S.Paulo (SP); Álvaro Augusto Teixeira da Costa, do Correio Braziliense (DF); Ana Amélia Cunha Pereira Filizola, da Gazeta do Povo (PR); Antonio Carlos Peixoto de Magalhães Junior, do Correio (BA); Francisco Mesquita Neto, de O Estado de S.Paulo (SP); Jaime Câmara Júnior, de O Popular (GO); João Roberto Marinho, de O Globo (RJ); Luciana de Alcântara Dummar, de O Povo (CE); Mário Alberto de Paula Gusmão, do Jornal NH (RS); Sylvino de Godoy Neto, do Correio Popular (SP); Walter de Mattos Junior, do Diário Lance! (RJ).
<b>Coalizão</b>
Na semana passada, uma coalizão formada por 27 entidades do setor da comunicação social, incluindo a ANJ, protocolou na Câmara uma carta ao presidente da Casa, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), pedindo apoio a uma série de aspectos do Projeto de Lei das Fake News e em defesa do jornalismo profissional – uma das demandas levadas a Maia foi a remuneração pelo uso de conteúdos jornalísticos em plataformas digitais.
"A remuneração dos conteúdos jornalísticos se justifica não apenas pelo uso e monetização dos conteúdos sem a devida contrapartida, mas pela relevância desta atividade para o combate à desinformação e para a democracia", diz a carta.