Evangélicos participam nesta quinta-feira, 8, da Marcha para Jesus em São Paulo. O ato teve início às 10h, na Luz, na região central, e seguia no final da manhã pela Avenida Santos Dumont em direção ao Campo de Marte, na zona norte da cidade. Neste ano, o ex-presidente Jair Bolsonaro, que participou em diversas edições da Marcha, não estará. Convidado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva também não acompanha o evento que reúne milhares de pessoas na capital paulista.
O governador Tarcísio de Freitas e aliados estarão no evento. O senador Marcos Pontes (PL-SP) também confirmou presença.
O organizador da Marcha, Apóstolo Estevam Hernandes, sustentou que o ato não tem caráter político, e disse que Lula seria bem recebido pelos evangélicos se estivesse presente. Ele disse que o petista não recusou estar no ato.
"Lula mandou uma carta muito bem elaborada, reconhecendo a importância da Marcha e se colocando a disposição. Por força de compromissos, ele não veio. Nós gostaríamos que ele viesse, por isso mandamos o convite. O receberíamos como presidente, com muita alegria, porque a marcha é apartidária", disse ao <b>Estadão</b>.
Na carta citada por Estevam, Lula disse que um dos seus "maiores orgulhos" foi ter sancionado a lei que estabelece o Dia Nacional da Marcha para Jesus. O documento não faz menção à justificativa para a ausência e aponta que a deputada federal Benedita da Silva e o ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, o representarão no evento. Eles estarão no palco montado no Campo de Marte às 14h.
"Aqui tem pessoas que não gostam do Lula e gostam do Bolsonaro e vice-versa. A gente não alimenta esse tipo de coisa (rixa política) no povo. Claro que temos posicionamentos pessoais e valores" completou Estevam Hernandes.
Ele disse que não convidou Bolsonaro pessoalmente neste ano, mas que a organização do evento o fez.
O apóstolo apoiou o ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022, ano de disputa eleitoral. Na ocasião, a Marcha para Jesus contou com participação do então presidente Jair Bolsonaro, candidato que tinha maior apoio entre os evangélicos. No ato, Bolsonaro pregou que estava em curso uma luta "do bem contra o mal". "Somos contra o aborto, somos contra a ideologia de gênero, somos contra a liberação das drogas, somos defensores da família brasileira. Nós somos a maioria do País, a maioria do bem, e, nessa guerra do bem contra o mal, o bem vencerá", disse Bolsonaro a apoiadores.