Marcos Caruso, por seu papel no monólogo “O Escândalo de Philippe Dussaert” e Grace Passô pela autoria de Vaga Carne receberam o prêmio Shell de Teatro do Rio de Janeiro nas categorias de melhor ator e autor, respectivamente. A cerimônia de entrega do prêmio aconteceu nesta terça-feira, 14, no Copacabana Palace, localizado na zona sul da capital fluminense.
Caruso lembrou que a primeira vez que concorreu a um prêmio como ator, o vencedor foi Edwin Luisi, apresentador desta edição da premiação. “Eu me senti no meio de pessoas que eu conheço. Pessoas do teatro, quem amam teatro, que dão o sangue pelo teatro”, afirmou. O ator agradeceu à Shell por manter a premiação. “Cultura é para ser cultivada. Cultivar é manter um prêmio por 29 anos”, completou.
35 anos de amor ao teatro
A edição deste ano celebrou ainda as tradições do teatro popular e de rua com uma homenagem à trajetória do Grupo Galpão, que atua há 35 anos na cena teatral brasileira e é um dos mais importantes do País.
Eduardo Moreira, um dos fundadores do Grupo Galpão, destacou a importância do teatro para o Brasil. “Um país sem cultura, arte e teatro é um país sem memória. E um país sem memória não tem história, tem um povo sem senso crítico e manipulável”, disse.
Vencedores do 29º Prêmio Shell de Teatro do Rio de Janeiro:
Autor: Grace Passô por “Vaga carne”
Direção: Duda Maia por “Auê”
Ator: Marcos Caruso por “O escândalo Philippe Dussaert”
Atriz: Vilma Melo por “Chica da Silva, o musical”
Cenário: André Curti e Artur Luanda Ribeiro por “Gritos”
Figurino: Luiza Fardin por “Se eu fosse Iracema”
Iluminação: Renato Machado por “Uma praça entre dois prédios, próximo de um chaveiro, grafites na parede e uma árvore”
Música: Luciano Moreira e Felipe Vidal por “Cabeça (um documentário cênico)”
Inovação: Rede Baixada em Cena, pelo movimento de discutir a criação estética e o poder de mobilização de 18 coletivos de 13 cidades da Baixada Fluminense.