A cantora e compositora Maria Gadú se manifestou contra um projeto de lei que proíbe o casamento entre pessoas do mesmo sexo biológico. A proposta foi aprovada na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados Federal nesta terça-feira, 10.
"Cuidem da vida de vocês. Cuidem das famílias de vocês. Bando de machos escrotos querendo ditar sobre vidas. Sempre. Abandonam suas filhas e filhos e ainda tem a pachorra de se acharem no direito de decidir sobre o amor alheio. Não passarão. Vamos nos casar, vamos criar e amar nossas crianças e vocês vão ser sempre os imbecis que inventaram o pecado. Nós dizemos sim ao casamento, sim à maternidade, sim ao amor, escreveu Gadú.
A cantora postou uma foto em que beija sua namorada, a artista plástica Ana Paula Popi. Gadú recebeu apoio de famosos como a cantora Sandy, que escreveu "Que retrocesso absurdo. Eu digo Sim ao amor". Já a apresentadora Angélica escreveu "Viva o amor".
<a href="https://www.instagram.com/p/CyPAlP3OwFg/?" target=_blank><u>Veja aqui</u></a>
Personalidades como Beth Goulart, José Loreto, Maria Fernanda Cândido, Junno Andrade, Mel Lisboa e Letícia Sabatella mandaram corações e emojis se solidarizando com a postagem de Gadú.
O projeto que foi aprovado nesta terça-feira foi originalmente apresentado pelo ex-deputado falecido Clodovil Hernandes (1937-2009), o projeto pretendia alterar o Código Civil para reconhecer o casamento homoafetivo. Porém, ele foi desvirtuado com o passar dos anos. O relator do projeto da comissão da Câmara, Pastor Eurico (PL-PE) encaminhou um parecer favorável apenas a uma das propostas apensadas ao texto de Clodovil, que veta o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
Doze deputados votaram a favor da proibição, incluindo parlamentares do PP, Republicanos e União Brasil, enquanto cinco parlamentares encaminharam voto contrário.
No Brasil, o casamento homoafetivo não está legalizado e nem previsto em lei, mas pode ocorrer graças a um julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) de 2011, que entendeu que a união entre pessoas do mesmo sexo é constitucional.