Depois de ganhar seis medalhas em 2013 e quatro no ano passado, o Brasil manteve a escala regressiva para se despedir do Mundial de Judô de Astana, no Casaquistão, com apenas duas medalhas. Neste sábado, no último dia de competições individuais, quatro brasileiros foram ao tatame e não chegaram sequer às oitavas de final. Por isso, não participam do bloco final.
A campanha em Astana, com a seleção praticamente completa (Rafael Silva é desfalque), é a pior do Brasil desde 2009 – naquela edição do Mundial, não ganhou medalha. Desde que a geração de Mayra Aguiar, Rafaela Silva e Sarah Menezes chegou à categoria adulta, colocando o País também na briga por medalhas no feminino, sempre foram pelo menos quatro pódios. A competição segue domingo, com o Mundial por Equipes, considerada uma competição à parte.
Neste sábado, Maria Suelen Altheman, vice-campeã das últimas duas edições do Mundial entre atletas de mais de 78kg, parou logo na estreia, diante da sul-coreana Minjeong Kim. A brasileira sofreu uma lesão no joelho esquerdo e abandonou a luta. Ela ficou quase um ano afastada dos tatames depois de operar o joelho direito.
Pela mesma categoria, Rochele Nunes perdeu na estreia, para a chinesa Sisi Ma, agora semifinalista. A gaúcha fechou um Mundial muito ruim para o judô feminino brasileiro. Erika Miranda ganhou bronze, Nathalia Brígida terminou em quinto, mas Rafaela Silva, Mayra Aguiar, Sarah Menezes e agora as judocas do peso-pesado, todas candidatíssimas a medalha, perderam na primeira ou segunda luta. Para piorar, a estreia por equipes é contra o favorito Japão.
Entre os homens o Mundial não foi exatamente ruim, ainda que só uma medalha tenha sido obtida, com Victor Penalber. Mas esperava-se mais dos brasileiros que lutaram neste sábado. David Moura (+100kg), número 12 do mundo, perdeu do japonês Ryu Shichinohe (sétimo do ranking) na segunda luta – venceu antes um letão. Mesma campanha fez Luciano Corrêa (até 100kg), que ganhou de um húngaro e foi eliminado pelo britânico Benjamin Fletcher (33º).