A candidata do PSB à presidência da República, Marina Silva, afirmou neste sábado repudiar “qualquer tentativa de manipulação de documentos” por autoridades do governo, a fim de prejudicá-la.
De acordo com reportagem da Folha de S.Paulo publicada hoje, o Secretario Nacional de Justiça, Paulo Abrão, foi à Polícia Federal pedir informações sobre um inquérito aberto pela instituição a fim de verificar suspeitas de prevaricação e corrupção no Ministério do Meio Ambiente, que foi comandado por Marina de 2003 a 2008. O inquérito foi arquivado em 2012.
A candidata fez os comentários em entrevista coletiva em São Paulo e disse que o evento era uma boa oportunidade para conversar com jornalistas sobre diversos temas antes do debate com os candidatos à presidência que ocorrerá amanhã na TV Record.
Marina Silva afirmou, ainda, que está “animada e tranquila” com o desempenho de sua campanha, pois lhe dá confiança de que irá para o segundo turno e que vencerá o pleito final em 26 de outubro. “Quem está preocupado com pesquisas é quem está no terceiro lugar e quem gostaria que não houvesse segundo turno”, comentou, referindo-se indiretamente aos candidatos Aécio Neves, do PSDB, e a Dilma Rousseff, do PT.
“Os dois principais partidos estão tremendo de medo. Estou feliz onde chegamos. E com apenas 2 minutos de propaganda”, destacou. Segundo ela, PSDB e PT na prática se aliaram para fazer uma campanha de ataques fortes à sua candidatura. “Eles tinham tecnologia de como ganhar e perder eleição.”
Ao ser questionada pelo Broadcast sobre sua avaliação relativa à redução das intenções de voto registrada há uma semana ela destacou que não se impressiona com resultados destes levantamentos pré-eleitorais. “A principal pesquisa ocorrerá nas urnas no dia 5 de outubro”, destacou. “Eu continuo animada com o que vejo nas ruas”, disse. Por outro lado, ela destacou que a campanha de Dilma Rousseff tem uma rede de apoio de 20 mil funcionários em cargo de confiança e um grande numero de blogueiros que atuam a seu favor.
A candidata do PSB à presidência da República comentou que a Rede Sustentabilidade deve existir sem a sua participação. “O projeto da Rede é uma realidade. Somos o primeiro partido clandestino da democracia”, comentou, com bom humor. Ela fez uma analogia, dizendo que a relação do PSB com esta agremiação é semelhante à que o antigo MDB adotou na época da ditadura militar, quando acolhia lideranças e militantes de partidos de esquerda.
Marina destacou que Eduardo Campos a estimulou muito a criar a Rede e que inclusive foi à cúpula do Poder Judiciário defendê-lo. Segundo ela, o ex-governador de Pernambuco disse a ela que a Rede era muito importante para a renovação política no Brasil.