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Marina: pesquisa representa um momento da campanha

Após a divulgação hoje do levantamento de intenção de votos feito pelo Ibope, a candidata à Presidência Marina Silva (PSB) afirmou nesta sexta-feira que as “pesquisas representam um momento da campanha”. A presidente Dilma Rousseff voltou a liderar o resultado no primeiro turno, com 39% das intenções de voto. Marina Silva oscilou de 33% para 31%.

Questionada se irá mudar sua estratégia, afirmou: “Nós vamos fazer o debate, não o embate. Vamos continuar dialogando com a sociedade”, disse a jornalistas em entrevista coletiva após evento realizado na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), no Rio. “Somos diferentes em relação ao projeto que hoje tem uma estratégia de agressão, de boatos. A sociedade brasileira tem maturidade. No decorrer do processo, haverá de firmar o seu posicionamento com base nas ideias que estamos apresentando”, disse.

A candidata – que durante o evento já tinha feito a crítica – voltou a cobrar os seus adversários de apresentarem o seu programa de governo. “Nós apresentamos propostas através de um programa que os nossos adversários ainda não apresentaram seus programas. Para que as metas em relação aos 10% do PIB para a educação possam ser antecipadas com a escola de tempo integral, para que os nossos jovens possam ter uma escola de qualidade que melhore as suas vidas”.

Marina afirmou ainda que “não vale tudo para ganhar uma eleição” e voltou a lembrar da campanha de 1989, o que tinha feito ontem. “Eu vi o (Fernando) Collor de Mello ganhar uma eleição do Lula usando a mesma estratégia que a presidente está usando. E não foi um resultado bom para o País, porque o dividiu. Eu quero ganhar uma eleição com base no debate, nas propostas, e não com a indústria da calúnia, da mentira, do boato, do preconceito e da difamação. Eu lutei muito quando faziam a mesma coisa que fazem agora comigo. O mesmo punhal enferrujado está agora sendo usado contra mim”, afirmou.

A respeito do tema de segurança, disse que está nacionalizando o debate desse assunto. “Todos os demais candidatos fazem o debate como se fosse um problema dos Estados, e não do governo federal. Em um País em que 56 mil pessoas são assassinadas por ano. A maioria das pessoas jovens e negras das periferias”, disse.

Segundo a ex-ministra, haverá o “pacto pela vida”, com a ampliação dos recursos do fundo nacional de segurança. “Vamos em parceria com os governadores e diferentes setores da sociedade fazer com que se tenha uma segurança que combata o tráfico de armas, de drogas e respeite a vida dos cidadãos”.

Sobre a crítica de que o seu discurso de que governar com os melhores não funciona, disse ser insustentável defender que se governe com os piores. “Eu estou dizendo que quero governar com os melhores e acredito que existem pessoas boas em todos os lugares, dentro dos partidos, dentro do Congresso, na gestão pública. Se a Dilma se conforma em conversar com os piores, esse não é o meu objetivo”. A candidata acrescentou que quer “conversar com os melhores” e disse que isso não significa “negar os partidos”. “Muito pelo contrário, é buscar o que há de bom neles para revigorá-los”.

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