Apontada como uma das favoritas à disputa pela Presidência da República em 2018, a ex-senadora Marina Silva (Rede) defendeu nesta quinta-feira, 28, a tese de que as supostas operações de Caixa 2 na campanha de Dilma Rousseff em 2014, sob investigação na Polícia Federal, reforçam a necessidade de realização de novas eleições, uma vez que o presidente em exercício, Michel Temer, era o vice na chapa da petista e, portanto, não teria legitimidade para permanecer no cargo.
“Todas as informações estão vindo à tona, demonstrando que houve dinheiro de caixa 2 na campanha que elegeu a chama Dilma e Temer, continuam colocando a necessidade que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) faça o julgamento da denúncia do PSDB (que pede a cassação da chapa). Como se pode sustentar uma chapa que foi eleita com recursos de uma base criminosa?”, questionou a líder da Rede Sustentabilidade.
“O TSE terá de dar uma resposta para essa ilicitude, que os delatores e os investigadores estão comprovando”, disse.
Para a ex-senadora, a melhor saída, portanto, seria a convocação de novas eleições. “Todos os partidos se reapresentariam mediante a apresentação de um programa com base na verdade”, afirmou Marina. Apesar disso, a ex-senadora disse que o impeachment tem base legal e que há uma tendência de que o Senado confirme o afastamento de Dilma em votação a ser realizada no fim de agosto. “Houve crime de responsabilidade”, defendeu.
Marina participou nesta tarde de evento que lançou a candidatura do vereador Ricardo Young a prefeito de São Paulo, pela Rede Sustentabilidade.