O ano mudou, mas não a crença de Robson Marinho em recuperar a cadeira de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) de São Paulo, da qual foi afastado em agosto de 2014 por ordem judicial. “Tenho total expectativa e certeza de que a Justiça, em instância superior, vai determinar o meu retorno”, disse Marinho ao ser indagado se para 2015 nutre esperança de voltar à corte de contas.
Sob suspeita de ter recebido na Suíça US$ 2,7 milhões (US$ 3 milhões atualizados) em propinas da multinacional francesa Alstom, entre 1998 e 2005, Marinho é acusado pelo Ministério Público de São Paulo de enriquecimento ilícito e corrupção.
A Promotoria sustenta que o conselheiro afastado lavou dinheiro no exterior e que ele participou de “esquema de ladroagem de dinheiro público”. Marinho foi chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB), que o nomeou para o Tribunal de Contas do Estado em 1997. A Alstom teria sido beneficiada em um contrato do setor de energia do governo paulista.
“Trata-se de medida provisória em favor do interesse público e com vista à apuração real dos supostos atos de improbidade imputados (a Marinho)”, disse a juíza Maria Gabriella Pavlópoulos Spaolonzi, da 13ª Vara da Fazenda Pública da Capital, ao decretar o afastamento de Marinho. A decisão foi mantida pelo Tribunal de Justiça do Estado, em setembro.
O afastamento foi decretado sem prejuízo de vencimentos – Marinho não está trabalhando, mas continua a receber contracheque de R$ 30 mil mensais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.