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Marketing pessoal estratégico e o sucesso na profissão

Os profissionais mais cobiçados do mercado são aqueles que multiplicam seu tempo investindo na própria carreira, relacionamentos e vendas. Gerar negócios para sua empresa, para si, para o mercado, para a sociedade, para os familiares. Esta é a missão de quem entende e sabe utilizar o marketing pessoal em benefício da carreira e da empresa.
 
É de admirar que no mundo de hoje o marketing pessoal ainda seja, para muitos, um mito que causa estranheza, rejeição e dúvidas. Para outros, soa como uma expressão artificial, um marco do exibicionismo. É claro, em uma cultura onde grande parte dos pais educam seus filhos para serem humildes e modestos, com receio de que eles se tornem “exibidos”, não é de se estranhar quando ouvimos alguém dizer que “um bom trabalho fala por si só”.
 
Não fomos educados a pensar no marketing pessoal. Será que nossos professores do ensino médio e graduação nos ensinaram como utilizar os conhecimentos adquiridos em benefício próprio? Presenciamos muitos exemplos negativos neste sentido. Todas as organizações possuem funcionários que são melhores em se autopromover e receber o crédito, do que em cumprir as suas obrigações. E não são raras as vezes em que desvalorizam o trabalho de bastidor da equipe. Tendemos a considerar essas pessoas modelos negativos e a mantermos distância deles, e do nosso próprio marketing pessoal. “Eu não sou assim. Isso não combina comigo.”.
 
Marketing Pessoal não tem nada a ver com jogar futebol, bajular o chefe ou negligenciar o trabalho. Os exemplos negativos não devem impedir que você aprenda técnicas que possam ajudá-lo a progredir na sua carreira. Ele tem estrita relação com a empregabilidade. Convenhamos, os contatos não vão aparecer de repente, em caso de demissão ou mudança de atividade profissional. Contatos precisam ser cultivados. Por isso, esqueça a velha desculpa da falta de tempo. Nunca é tarde para lembrar que você terá todo o tempo do mundo se for demitido.
 
Outra dificuldade com a qual lidamos é o medo da rejeição. Quando não nos arriscamos a pedir, nossa probabilidade de levar um não é bem menor, certo? O segredo para se lidar com a rejeição é não levarmos tropeços profissionais para o lado pessoal. O marketing pessoal passa também pela superação. É por estes e outros fatores que qualquer pessoa ou profissional deve se preocupar em definir e divulgar seu trabalho e estudar melhores maneiras de agradar seu cliente, fortalecendo-se dentro ou fora das empresas. O marketing pessoal é um processo contínuo de conquistas. É ele quem gera a imagem que você tem no mercado e traz realizações, não só na vida profissional, mas também na área pessoal. É preciso projetar, vender no mundo a sua imagem e, mais do que isso, ver a si próprio no futuro.
 
Ao contrário do que alguns pensam o marketing pessoal não é a propaganda enganosa sobre a “Empresa Você S/A". Quando feito de forma sensata, adequada e ética, torna-se a expressão genuína do que verdadeiramente somos.
É assim que o marketing pessoal vai ajudá-lo a vender-se no mercado. Vender sua imagem e marca, e a de sua empresa, vender a imagem de sua classe, vender soluções aos seus clientes, entusiasmo, alegria, felicidade para si, para suas equipes, seus familiares, sua comunidade, sua sociedade, sua cidade, estado e país, vender o seu papel de cidadão. Enfim, vender você mesmo para o cliente interno e externo.
 
O planejamento estratégico pessoal, importante ferramenta nesse processo, também é, para muitos, um mito. É comum as pessoas pensarem que apenas as empresas devem fazer o seu planejamento. Mas é justamente o contrário. Com um diagnóstico (qual a imagem que tem, qual a imagem que o mercado tem, pontos fortes e fracos) bem feito e metas a curto, médio e longo prazo, é possível projetar-se e acompanhar seus próprios resultados, seja no trabalho ou na sua vida pessoal.
 
 
ALEXANDER BAER é palestrante e professor Convidado do MBA da FGV –Fundação Getúlio Vargas Management
 

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