Estadão

Massa de salários em circulação aumenta R$ 18,783 bi em um ano, diz IBGE

A massa de salários em circulação na economia aumentou em R$ 18,783 bilhões no período de um ano, para R$ 263,549 bilhões, uma alta de 7,7% no trimestre encerrado em agosto de 2022 ante o trimestre terminado em agosto de 2021. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

"O número de trabalhadores é muito maior que um ano atrás", justificou Adriana Beringuy, coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE. "O crescimento no número de trabalhadores é tão grande que, mesmo não havendo avanço no rendimento, a massa consegue expandir 7,7%."

Na comparação com o trimestre terminado em maio, a massa de renda real subiu 4,7% no trimestre terminado em agosto, com R$ 11,912 bilhões a mais.

"A massa de rendimento fica mais forte (nessa comparação) porque tem crescimento tanto no número de trabalhadores quanto na renda real", explicou Adriana Beringuy.

O rendimento médio dos trabalhadores ocupados teve uma elevação real de 3,1% na comparação com o trimestre até maio, R$ 80 a mais, para R$ 2.713.

Segundo Adriana Beringuy, a melhora na renda está fundamentalmente associada à deflação registrada no País no período. O avanço teve colaboração também do aumento no número de pessoas trabalhando com carteira assinada, embora a renda média da categoria tenha ficado estável. Entre os ocupados, a categoria que impulsionou de fato o aumento no rendimento médio foi a de empregadores, com um salto de 11,5% na renda média, R$ 689 a mais em apenas um trimestre.

Em relação ao trimestre encerrado em agosto do ano passado, a renda média real de todos os trabalhadores ocupados caiu 0,6%, R$ 17 a menos.

A renda nominal, ou seja, antes que seja descontada a inflação no período, cresceu 3,8% no trimestre terminado em agosto ante o trimestre encerrado em maio.

"Em outros momentos, a renda em termos nominais subia, em termos reais caía", lembrou Adriana Beringuy. "O rendimento nominal já vinha expandindo há três trimestres consecutivos, e só agora o real incorpora ganhos."

Já na comparação com o trimestre terminado em agosto de 2021, houve elevação de 9,4% na renda média nominal. "Nessa comparação em 12 meses, o índice de inflação ainda é muito significativo", disse.

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