A percepção dos varejistas de materiais de construção é de alta nas vendas de junho, julho e agosto. Um total de 54% destes empresários brasileiros que afirmam ter notado a média de melhora em relação aos três meses imediatamente anteriores. O porcentual foi o mesmo indicado na pesquisa referente a maio, junho e julho.
O número nacional, porém, esconde a oscilação regional de faturamento. A percepção de crescimento nas vendas no Sudeste passou de 52% para 46%. No Norte, ela foi de 64% para 53% e no Centro Oeste, de 62% para 57%.
No sentido oposto, a percepção de crescimento nas vendas nos últimos três meses no Nordeste passou de 57% para 69% e no Sul, de 50% para 57%.
Os dados são do Termômetro Anamaco, pesquisa da Associação Nacional de Comerciantes de Material de Construção (Anamaco), em parceria com a Fundação Getulio Vargas.
No entanto, quando questionados sobre as vendas do mês passado ante julho, os varejistas se mostraram menos otimistas. A parcela de assinalações de crescimento caiu de 56% para 42% entre julho e agosto, enquanto as indicações de queda passaram de 9% para 20%.
O recuo no porcentual de assinalações de crescimento no último mês atingiu todas as regiões do País. Esse indicador passou de 48% para 32% no Sudeste, de 63% para 44% no Sul, de 72% para 46% no Norte, de 63% para 60% no Nordeste e de 63% para 49% no Centro Oeste.
"Em todas as regiões, as assinalações de crescimento ainda predominam, apesar da alta na percepção de que as vendas ficaram estáveis entre julho e agosto. Mas o recuo da percepção de crescimento é digno de atenção", diz a pesquisa.
As expectativas para vendas nos próximos três meses teve 46% de perspectiva de alta. Ainda assim, houve um recuo frente aos resultados do mês anterior, quando a expectativa de crescimento foi assinalada por 48% dos entrevistados. "Tintas são destaque para os pequenos varejistas em agosto. A típica sazonalidade de vendas de tintas, que apresenta picos nos meses que antecedem as festas de final de ano, já pode ser observada nos estabelecimentos menores", afirma o documento.
Já as expectativas dos varejistas de materiais de construção quanto às medidas do governo para os próximos 12 meses também oscilaram em agosto. O otimismo quanto a essas ações passou de 64% em julho para 60% em agosto.
Os pessimistas passaram de 15% para 16%, enquanto os indiferentes foram de 20% para 24% no mesmo período. "Todas essas variações, apesar de mínimas e de manterem níveis elevados de otimismo, foram consistentes, indicando um pouco menos de entusiasmo com as futuras ações do governo", considera o levantamento.