O Corinthians apresentou neste sábado dois dos três reforços anunciados pelo clube na última sexta-feira: o lateral Matheus França, ex-Flamengo, e o atacante Pedro Henrique, ex-Internacional. A dupla não escondeu a felicidade de vestir a camisa alvinegra e exaltaram o novo clube. Ambos estão à disposição do técnico António Oliveira.
"Todo mundo já sabe. Quando chegou a proposta, o coração falou mais forte e não pensei duas vezes. Briguei muito para vir para cá. É um sonho meu e da família que se realizou. O coração falou mais forte. Independente de ser torcedor, quando jogava no Flamengo dava meu máximo. Aqui vou sempre entrar para dar os 110%, porque queria estar aqui. Desde o primeiro momento que vesti, estou motivado para dar o melhor Matheus de todos os tempos. Não estou com ritmo de jogo, mas se precisar estou à disposição.", disse Matheus França, que revelou ser torcedor do Corinthians desde a infância.
O lateral, inclusive, viveu momentos polêmicos no clube. Antes de ser anunciado, ele chegou a treinar com o elenco, ainda sob o comando de Mano Menezes, e precisou retornar ao Flamengo, pois os clubes não haviam chegado a um acordo. Com o tempo, as conversas se restabeleceram e o Corinthians pagou R$ 21,3 milhões por 60% de seus direitos econômicos.
"Não teve constrangimento, faz parte do futebol. Ninguém quer que aconteça com você, fiquei de cabeça erguida e deixei claro minha vontade para o Marcos Braz. Graças ao Rubão, presidente, o Soldado, que me ajudaram, conseguimos voltar para cá. Apenas voltei, fiquei de cabeça erguida", afirmou o lateral que relembrou o treino aberto que participou antes de todo o imbróglio.
"Ali foi meu primeiro contato. Todo mundo falava que a torcida era diferente, vários jogadores falaram que era diferente. Conhecia pela TV, depois de jogar contra. A partir do momento que fui treinar lá no Parque São Jorge e depois fui ao jogo e senti qual era o clima. Foi espetacular, cheguei até a me arrepiar. É diferente, não dá para explicar, quando está com eles é algo a mais. Tenho certeza de que a torcida é o 12º jogador que vai nos ajudar a ganhar a partida", disse.
Já Pedro Henrique falou que aceitou o Corinthians por ser uma convocação . "Pela grandeza e desafio no momento da minha carreira. O convite do Corinthians não é convite, é quase uma convocação. Foi fácil tomar a decisão. Sobre o professor, ele conhece melhor do que ninguém por ser português. Todo mundo conhece as características um do outro. Será um grande clássico e espero terminar feliz com a vitória", afirmou.
O atacante, de 33 anos, não fugiu das perguntas sobre o clássico. O Corinthians enfrenta o Palmeiras neste domingo, às 18h, na Arena Barueri, pela nona rodada do Campeonato Paulista.
"Pude disputar clássicos em todos lugares que passei. O Gre-Nal é um grande clássico, e calhou do primeiro jogo aqui poder ser o clássico contra o Palmeiras. Abel foi meu treinador no PAOK, sei como ele arma as equipes que trabalhou, sabemos da qualidade do Palmeiras, mas também da nossa. Peguei um treinador trabalhador e muito motivado, vamos tentar fazer um grande jogo para vencer o clássico e ter uma energia muito boa para a reta final do campeonato", completou.
Por fim, exaltou a torcida corintiana e disse estar 100% fisicamente. "Graças a Deus estou desse lado, porque sempre foi muito difícil enfrentar o Corinthians em Itaquera. Em 2022 fizemos um gol cedo e a torcida começou a cantar mais alto ainda. É um lugar peculiar, a torcida tem uma energia diferente. Não vejo a hora de dar tudo em campo para fazer gols e comemorar com a Fiel. Estou animado com a conexão que possa fazer com o torcedor. Eu fiz a pré-temporada e joguei jogos no Gaúcho. Estou 100% pronto para ajudar o mister da forma que for para a gente conquistar a vitória no clássico", disse.
O clássico com o Palmeiras é de suma importância para o Corinthians, que precisa vencer para continuar com chances de classificação. O time alvinegro aparece na lanterna do Grupo C, com nove pontos, atrás de Red Bull Bragantino, Inter de Limeira e Mirassol.